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Mostrando postagens de janeiro 4, 2011

Um dia para ser lembrado

O dia, e até mesmo o ano, ninguém sabe precisar ao certo. Só se sabe, pela boca dos mais antigos e saudosos, que o fato ocorreu no tempo em que Guilherme Zaire comandava a administração do pacato e bucólico município de Xapuri, coisa de 1956, por aí. Pois foi nessa época, legitimado pelo argumento de que o custo de vida estava ficando insuportável, que um personagem - digno do Panteão da República -, junto com uma meia dúzia de outros revolucionários, tomou a cidade de Xapuri e, por um tempinho, com a cidade sob controle após trancafiar no xilindró toda a guarnição policial de plantão, distribuiu alimentos de graça para a população pobre. Foi uma revolução curta no tempo, mas grandiosa na bravura. O autor de tão bela e inesquecível obra - desconhecido até hoje - se chamava Antonico Buxeira. Foi ele que, por algumas gloriosas horas, fez o povo de Xapuri sentir o cheiro, e até um gostinho (teve comida na mesa de muitos naquele dia), do verdadeiro socialismo. A história não termina aqui.

Quando o fisiologismo falha

Quando a Assembléia Nacional Constituinte foi instalada no Brasil, o Presidente da República era Jose Sarney. Uma das grandes polêmicas daquele momento histórico foi o debate em torno da ampliação do mandato de Sarney, de quatro para cinco anos, que acabou sendo aprovado com o voto da maioria dos parlamentares do Acre. Sarney, habilidoso e esperto como sempre, visando conquistar o voto do ex-senador Aluizio Bezerra, prometeu, na condição de Presidente da República, que construiria uma estrada ligando Cruzeiro do Sul a Pucallpa, no Peru. O custo da estrada foi calculado na época em mais de 300 milhões de dólares. Eufórico, feito uma criança que acabara de ganhar um doce, bradou Aluízio, sem saber que estava sendo vítima de uma manobra: "fui o pai da criança". É, mas a criança sofreu um aborto para a tristeza do ex-senador. A notícia foi parar nos grandes jornais do pais, mas a estrada que é bom, até hoje ainda não saiu do papel. Sarney, que de bobo não tem nem a sombra, deu u

Parece piada

Ando pesquisando, para um livro que ainda não sei quando ficará pronto, a contribuição dos deputados constituintes do Estado do Acre para a formatação da atual Constituição Federal. Para tanto, fui aos arquivos do Congresso Nacional e radiografei todas as notícias publicadas nos grandes jornais em que algum constituinte acreano foi citado. Logo de cara, encontrei uma notícia bem interessante envolvendo o ex-deputado Osmir Lima (PMDB). Osmir, querendo dar uma de Luiz Galvez, chegou a propor perante a Assembléia Nacional Constituinte a criação do Estado Independente do Acre, tornando nula a empreitada de Plácido de Castro e as negociações do Barão do Rio Branco. A proposta, óbvio, foi motivo de chacota no parlamento e, com todo merecimento, foi parar no anedotário do Congresso Nacional. Veja você mesmo aqui...

O Acre é um plágio

Um dia desses, ao realizar uma busca aleatória nos arquivos do Senado Federal, sem querer, acabei encontrando uma notícia que, em si, serve de retrato histórico da inutilidade do parlamento acreano de alguns anos atrás. O que encontrei foi uma notícia, publicada no jornal Correio Braziliense, de 19 de maio de 1987, que afirma que a Constituição do Estado do Acre, pelo menos até a entrada em vigor da Constituição Federal de 1988, era uma cópia fiel da de São Paulo. Veja você mesmo aqui.