Pular para o conteúdo principal

Resistência civil pelo velho horário

Em 31 de outubro de 2010, durante o segundo turno, 56,87% dos eleitores acreanos, em referendo, rejeitaram a Lei 11.662, que alterou o fuso horário do Estado.

Em 14 de dezembro de 2010, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral decidiram homologar o resultado.

Na ocasião, o TSE entendeu que os próximos passos para definir os procedimentos da mudança não caberiam à Corte Eleitoral.

O problema foi então transferido para o Senado Federal, onde vem recebendo forte lobby da Rede Globo de Televisão e da ABERT (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão), que já ameaçam, inclusive, acionar a justiça para que a decisão soberana do Povo do Acre não se efetive (veja aqui...)

Tais atos, desrespeitosos e ofensivos à soberania popular acreana, não podem ser admitidos.

Por isso, com base na regra constitucional que diz que “Todo poder emana do povo”, convocamos todos a iniciarem um grande ato de resistência civil em defesa da soberania da decisão popular que rejeitou a Lei 11.662/08.

O ato consiste em atrasar o relógio em uma hora, forçando o Congresso Nacional a confirmar a decisão imediatamente.

Comentários

Anônimo disse…
O povo acrEano sempre se mostrou perante a Uniao Federal como um bravo. Hoje nos encontramos aprisionados na nossa rotina pela interesse economico e o da aristocracia instalada. É sempre o poder paternalista que exterioriza o interesse da ditadura no qual a mudança "vai ser boa pra você". Em tempo, o cidadão acrEano já sabe o que é bom pra ele.
Paulo disse…
Isso que se deve fazer, essa atitude que o povo acreano tem que tomar, votei para que o horário fique assim como está, mas respeito a decisão do povo acreano que foi a maioria e o senado também deve respeitar isso é democracia, nos decidimos isso, não ha nada o que se possa fazer, o poder emana do povo
Anônimo disse…
Concordo com a idéia !!!!
Erick disse…
Isto é um absurdo, a vontade popular mais uma vez é desrespeitada, ate quando seremos tratados que nem gado, temos que extirpar esta pratica nefasta, chega de ditadura velada, abaixo a rede Globo e seus interesses.
Anônimo disse…
So Acreano, amo muito a minha Terra, mais eu acho que isso é muita vontade de ser um Estado atrasado.
Raimundo Neves disse…
Querem fazer como o Plebiscito do de/sarmamento. Estamos diante de um absolutismo camuflado sob as vestes de democracia. Se é para fazer o que querem, porque não escancaram de vez essa ditadura disfarçada? O POVO DECIDIU. FAÇA-SE CONFORME. Contem comigo na luta pela defesa da Vontade Soberana do Povo. Pois, com esse horário novo, somente as empresas de TVs por Assnitura e Antenas Parabólicas ganharam.

Abraços!

Raimundo Neves
Marcelus disse…
Deixe de papo furado, macho! Nao ta vendo que sao tramites politicoburocraticos os responsaveis pela drmora! Faz assim: comeca tu treinando em casa desde hoje e vai contando tua experiencia nesse bloq ate o horario vigorar!
Anônimo disse…
QUERO MEU HORÁRIO DE VOLTA CUSTE O QUE CUSTAR. VAMOS FAZER UM BOICOTE A TV GLOBO E ATRASAR NOSSOS RELÓGIOS.
Unknown disse…
O PODER EMANA DOPOVO,PORÉM,O QUE FALTOU ANTES DE TOMAR A DECISÃO EM SE MUDARO HORÁRIO, FOI CONSULTAR A POPULAÇÃO E ESCLARECE-LA DOS BENEFÍCIOS QUE ESTA MUDANÇA PROPORCIONA.
Anônimo disse…
A lei que modificou o horário, após a homologação do referendo está apta a perder a eficácia e para isso basta uma resolução do Senado, não há falar-se em viagens jurídicas como já se ouviu de "grandes juristas", é simples, a lei perde a eficácia, com uma resolução do Senado e nada mais, e caso não venha a resolução há outra solução jurídica para isso, e eu mesmo vou providenciá-la, me aguardem.

p.s.: os pseudo-juristas de plantão devem estudar um pouco mais.

Um apertado e fraterno amplexo!

Postagens mais visitadas deste blog

Os Farrapos dos olhos azuis

Cláudio Ribeiro - Demitri Túlio, do Jornal O Povo, de Fortaleza A íris clara, azulzíssima em muitos deles, é a digital do povo Farrapo. Também é da identidade a pele branca avermelhada, carimbada pelo sol forte que não cessa em Sobral. Isso mais entre os que vivem na zona rural. Gostam de exaltar o sobrenome. É forte. Farrapo não é apelido. Não são uma etnia, mas são tratados assim. São “da raça dos Farrapos”, como nos disse quem os indicou a procurá-los. Os Farrapos têm história a ser contada. Praticaram a endogamia por muito tempo. Casamentos em família, entre primos, mais gente do olho azul de céu que foi nascendo e esticando a linhagem. Sempre gostaram de negociar, trocar coisa velha. São um pouco reclusos. Vivem sob reminiscências de judaísmo. Há estudo disso, mas muito ainda a ser (re)descoberto. Os Farrapos são citados, por exemplo, no livro do padre João Mendes Lira, Presença dos Judeus em Sobral e Circunvizinhanças e a Dinamização da Economia Sobralense em Função do Capital Ju

Erros judiciários: Caso Mignonette - Estado de necessidade

A 5 de Julho de 1884 naufragou o iate inglês La Mignonette. Depois de vários dias no mar, o imediato, que era o mais jovem de todos, foi morto pelos companheiros, que mais tarde alegaram estado de necessidade perante o júri. Sustentaram que não teriam sobrevivido caso não se utilizassem do cadáver para matar a fome. O júri deu um "veredicto especial", reconhecendo apenas a matéria de fato, mas deixando a questão jurídica para que a corte superior decidisse. Lord Coleridge, um dos juízes superiores, disse, entre outras considerações, o seguinte: Conservar a própria vida é, falando em geral, um dever: mas sacrificá-la pode ser o mais claro e alto dever. A necessidade moral impõe deveres dirigidos não à conservação mas ao sacrifício da sua vida pelos outros. Não é justo dizer que há uma incondicionada e ilimitada necessidade de conservar a própria vida. Necesse est ut eam, non ut viram (é necessário que eu caminhe, não que eu viva) disse Lord Bacon. Quem deve julgar o estado de