Da EFE
Damasco/Beirute, 6 jan (EFE).- A França pediu hoje à Síria que tente convencer o Hamas a interromper o lançamento de foguetes contra Israel, uma das principais razões da ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
"A Síria deveria nos ajudar a convencer o Hamas a escolher a voz da razão", afirmou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, depois de se reunir hoje em Damasco com seu colega sírio, Bashar al-Assad.
"O presidente Assad deveria ajudar a convencer o Hamas a parar de disparar foguetes", insistiu o chefe de Estado francês, que ontem iniciou uma viagem pela região que já o levou ao Egito, à Cisjordânia e a Israel.
Sarkozy fez um apelo para que a violência "termine o mais rápido possível" em Gaza, em referência aos ataques israelenses contra a faixa territorial palestina, iniciados em 27 de dezembro, e também ao "inaceitável" lançamento de foguetes disparados do território contra Israel.
O chefe de Estado francês disse ainda que na noite de ontem transmitiu a mesma mensagem aos líderes israelenses, aos quais também pediu que as agências humanitárias tenham acesso a Gaza para ajudar a população local.
A escala de Sarkozy em Damasco era considerada fundamental em sua viagem pelo Oriente Médio, já que na Síria vivem os principais líderes do Hamas no exílio e porque Assad é uma das autoridades regionais de maior influência sobre o grupo islâmico.
Foi de Damasco que o líder máximo do Hamas, Khaled Mishaal, conclamou uma nova intifada contra Israel quando os bombardeios sobre Gaza começaram.
O presidente francês insistiu no alcance, o mais rápido possível, de um cessar-fogo em Gaza. Além disso, se mostrou a favor de uma solução a longo prazo baseada na proposta de dois Estados, já foi aceita em linhas gerais por ambas as partes.
"Todo mundo deveria ouvir a voz da razão", reiterou Sarkozy, que descartou o retorno ao "status quo" prévio aos bombardeios que tiveram início em 27 de dezembro.
"O retorno ao que havia antes é inaceitável. Não podemos chegar a esse ponto", frisou Sarkozy, que acrescentou: "Não podemos continuar sem garantir a segurança de Israel e mantendo fechados os passos de Gaza".
Desde que, em junho de 2007, o Hamas tomou pelas armas o controle da Faixa de Gaza, após duros combates com forças leais ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, o território, além de sofrer um bloqueio por parte de Israel, também teve os postos de fronteiro com o Egito fechados.
Ao falar sobre esse assunto, o presidente sírio afirmou que Gaza se transformou em "uma grande prisão".
Aos habitantes da faixa territorial, acrescentou Assad, só restam duas alternativas: "morrer lentamente" pelo bloqueio fronteiriço ou "morrer imediatamente" pelos ataques que sofrem os cerca de 1,5 milhão de palestinos que vivem na região.
Após a visita à Síria, Sarkozy seguiu para Beirute, onde se reuniu com o presidente do Líbano, Michel Suleiman, e o primeiro-ministro do país, Fouad Siniora, entre outras autoridades.
Ali, Sarkozy visitou também as tropas francesas integradas na Força Internacional da ONU no Líbano e, aos jornalistas, se mostrou esperançoso de que seja possível chegar, em breve, a uma solução.
"Estou convencido de que há soluções, e não estamos longe delas", afirmou Sarkozy, que anunciou que ampliará sua viagem pela região e que voltará ao Egito para trabalhar em um plano junto com as autoridades deste país.
Em Sharm el-Sheikh, Sarkozy se reuniu, pela segunda vez em dois dias, com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, mas não vazaram detalhes sobre o encontro.
O alto representante de Política Externa e Segurança Comum da União Européia (UE), Javier Solana, também participou da reunião. Ele permanecerá amanhã na região para continuar os esforços internacionais para conseguir uma trégua em Gaza. EFE
"A Síria deveria nos ajudar a convencer o Hamas a escolher a voz da razão", afirmou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, depois de se reunir hoje em Damasco com seu colega sírio, Bashar al-Assad.
"O presidente Assad deveria ajudar a convencer o Hamas a parar de disparar foguetes", insistiu o chefe de Estado francês, que ontem iniciou uma viagem pela região que já o levou ao Egito, à Cisjordânia e a Israel.
Sarkozy fez um apelo para que a violência "termine o mais rápido possível" em Gaza, em referência aos ataques israelenses contra a faixa territorial palestina, iniciados em 27 de dezembro, e também ao "inaceitável" lançamento de foguetes disparados do território contra Israel.
O chefe de Estado francês disse ainda que na noite de ontem transmitiu a mesma mensagem aos líderes israelenses, aos quais também pediu que as agências humanitárias tenham acesso a Gaza para ajudar a população local.
A escala de Sarkozy em Damasco era considerada fundamental em sua viagem pelo Oriente Médio, já que na Síria vivem os principais líderes do Hamas no exílio e porque Assad é uma das autoridades regionais de maior influência sobre o grupo islâmico.
Foi de Damasco que o líder máximo do Hamas, Khaled Mishaal, conclamou uma nova intifada contra Israel quando os bombardeios sobre Gaza começaram.
O presidente francês insistiu no alcance, o mais rápido possível, de um cessar-fogo em Gaza. Além disso, se mostrou a favor de uma solução a longo prazo baseada na proposta de dois Estados, já foi aceita em linhas gerais por ambas as partes.
"Todo mundo deveria ouvir a voz da razão", reiterou Sarkozy, que descartou o retorno ao "status quo" prévio aos bombardeios que tiveram início em 27 de dezembro.
"O retorno ao que havia antes é inaceitável. Não podemos chegar a esse ponto", frisou Sarkozy, que acrescentou: "Não podemos continuar sem garantir a segurança de Israel e mantendo fechados os passos de Gaza".
Desde que, em junho de 2007, o Hamas tomou pelas armas o controle da Faixa de Gaza, após duros combates com forças leais ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, o território, além de sofrer um bloqueio por parte de Israel, também teve os postos de fronteiro com o Egito fechados.
Ao falar sobre esse assunto, o presidente sírio afirmou que Gaza se transformou em "uma grande prisão".
Aos habitantes da faixa territorial, acrescentou Assad, só restam duas alternativas: "morrer lentamente" pelo bloqueio fronteiriço ou "morrer imediatamente" pelos ataques que sofrem os cerca de 1,5 milhão de palestinos que vivem na região.
Após a visita à Síria, Sarkozy seguiu para Beirute, onde se reuniu com o presidente do Líbano, Michel Suleiman, e o primeiro-ministro do país, Fouad Siniora, entre outras autoridades.
Ali, Sarkozy visitou também as tropas francesas integradas na Força Internacional da ONU no Líbano e, aos jornalistas, se mostrou esperançoso de que seja possível chegar, em breve, a uma solução.
"Estou convencido de que há soluções, e não estamos longe delas", afirmou Sarkozy, que anunciou que ampliará sua viagem pela região e que voltará ao Egito para trabalhar em um plano junto com as autoridades deste país.
Em Sharm el-Sheikh, Sarkozy se reuniu, pela segunda vez em dois dias, com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, mas não vazaram detalhes sobre o encontro.
O alto representante de Política Externa e Segurança Comum da União Européia (UE), Javier Solana, também participou da reunião. Ele permanecerá amanhã na região para continuar os esforços internacionais para conseguir uma trégua em Gaza. EFE
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