Pular para o conteúdo principal

Ação trabalhista do pênis

Eu Pênis, solicito aumento de salário pelas seguintes razões:

1º - Faço esforço físico no cumprimento de minhas funções;
2º - Trabalho em grandes profundidades;
3º - Mergulho de cabeça em tudo que faço;
4º - Não descanso em finais de semana ou feriados nacionais;
5º - Trabalho em ambientes extremamente úmidos;
6º - Não recebo horas extras;
7º - Trabalho em ambientes sem iluminação e sem ventilação adequada;
8º - Trabalho sob altas temperaturas, sem climatização;
9º - Meu trabalho me expõe a doenças contagiosas.

SENTENÇA DO IN"FELIZ" TRABALHADOR

Sr. Pênis, após revisão do seu pedido e, considerando seus argumentos, a 1ª vara trabalhista REJEITOU seu pedido, fundamentando nos seguintes fatos:

1º - O Sr. não trabalha 8 horas ininterruptamente;
2º - Dorme durante o expediente após curtos períodos de trabalho;
3º - Não segue sempre as ordens da gerência;
4º - Não permanece em seu local de trabalho;
5º - Costuma visitar outras repartições;
6º - Não toma iniciativa. Precisa ser pressionado e estimulado para começar a trabalhar;
7º - Deixa seu ambiente de trabalho bagunçado e sujo ao final do expediente;
8º - Nem sempre observa as normas de segurança necessárias, tal qual, usar equipamento de proteção individual;
9º - Se aposenta muito antes dos 65 anos;
10º - É incapaz de trabalhar em turnos dobrados;
11º - Às vezes abandona sua posição de trabalho antes de completar a sua tarefa;
12º - E se tudo isso não bastasse, temos observado que o sr. entrar e sair do seu local de trabalho carregando um saco de aparência bastante suspeita.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os Farrapos dos olhos azuis

Cláudio Ribeiro - Demitri Túlio, do Jornal O Povo, de Fortaleza A íris clara, azulzíssima em muitos deles, é a digital do povo Farrapo. Também é da identidade a pele branca avermelhada, carimbada pelo sol forte que não cessa em Sobral. Isso mais entre os que vivem na zona rural. Gostam de exaltar o sobrenome. É forte. Farrapo não é apelido. Não são uma etnia, mas são tratados assim. São “da raça dos Farrapos”, como nos disse quem os indicou a procurá-los. Os Farrapos têm história a ser contada. Praticaram a endogamia por muito tempo. Casamentos em família, entre primos, mais gente do olho azul de céu que foi nascendo e esticando a linhagem. Sempre gostaram de negociar, trocar coisa velha. São um pouco reclusos. Vivem sob reminiscências de judaísmo. Há estudo disso, mas muito ainda a ser (re)descoberto. Os Farrapos são citados, por exemplo, no livro do padre João Mendes Lira, Presença dos Judeus em Sobral e Circunvizinhanças e a Dinamização da Economia Sobralense em Função do Capital Ju

Erros judiciários: Caso Mignonette - Estado de necessidade

A 5 de Julho de 1884 naufragou o iate inglês La Mignonette. Depois de vários dias no mar, o imediato, que era o mais jovem de todos, foi morto pelos companheiros, que mais tarde alegaram estado de necessidade perante o júri. Sustentaram que não teriam sobrevivido caso não se utilizassem do cadáver para matar a fome. O júri deu um "veredicto especial", reconhecendo apenas a matéria de fato, mas deixando a questão jurídica para que a corte superior decidisse. Lord Coleridge, um dos juízes superiores, disse, entre outras considerações, o seguinte: Conservar a própria vida é, falando em geral, um dever: mas sacrificá-la pode ser o mais claro e alto dever. A necessidade moral impõe deveres dirigidos não à conservação mas ao sacrifício da sua vida pelos outros. Não é justo dizer que há uma incondicionada e ilimitada necessidade de conservar a própria vida. Necesse est ut eam, non ut viram (é necessário que eu caminhe, não que eu viva) disse Lord Bacon. Quem deve julgar o estado de

Resistência civil pelo velho horário

Em 31 de outubro de 2010, durante o segundo turno, 56,87% dos eleitores acreanos, em referendo, rejeitaram a Lei 11.662, que alterou o fuso horário do Estado. Em 14 de dezembro de 2010, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral decidiram homologar o resultado. Na ocasião, o TSE entendeu que os próximos passos para definir os procedimentos da mudança não caberiam à Corte Eleitoral. O problema foi então transferido para o Senado Federal, onde vem recebendo forte lobby da Rede Globo de Televisão e da ABERT (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão), que já ameaçam, inclusive, acionar a justiça para que a decisão soberana do Povo do Acre não se efetive (veja aqui... ) Tais atos, desrespeitosos e ofensivos à soberania popular acreana, não podem ser admitidos. Por isso, com base na regra constitucional que diz que “Todo poder emana do povo” , convocamos todos a iniciarem um grande ato de resistência civil em defesa da soberania da decisão popular que rejeitou a Lei 11.66