Le Monde, da França Fazendo uma simples leitura das estatísticas, não parece ser bom viver no Estado do Acre, no Brasil, pequeno território da Amazônia. Ele mostra resultados fracos em matéria de desenvolvimento humano, levando em consideração o indicador da ONU, calculado desde 1990, e que avalia, além da riqueza material (PIB per capita), o acesso da população aos serviços de saúde e educação. No entanto, os habitantes dessa região florestal não são mais desprivilegiados do que os excluídos das favelas do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Pelo contrário. Mas o essencial de suas atividades foge da contabilidade nacional que, da megalópole à aldeia amazonense, utiliza os mesmos critérios para avaliar o bem-estar de uma sociedade. Matéria de Laurence Caramel, do Le Monde. “Imagine que a floresta constitui o supermercado onde fazemos nossas compras essenciais, mas isso não aparece em nenhum lugar, pois há poucas trocas monetárias. Resumindo, é fácil concluir que nós somos subnutridos”, exp...