Luiz Flávio Gomes* Logo que o rumoroso caso "Bruno" ganhou força midiática - julho de 2010 - começaram a afirmar de que ele seria um psicopata, caso tivesse feito tudo que foi divulgado. Seria mesmo? Quem é o psicopata? Como ele se comporta? Como ele se relaciona com as pessoas? Você - por acaso - convive com um psicopata? Como funciona a cabeça dele? Nem todo psicopata é deliquente assim como nem todo delinquente é psicopata (Cleckley). De qualquer maneira, parece certo que a psicopatia se apresenta como uma das "produtivas fábricas" que integram nossa "Holding Brasil de violência e delinquência". Vejamos: no nosso livro Criminologia, 6ª edição (São Paulo: RT, 2008, p. 273 e ss.), meu professor e coautor García-Pablos de Molina, que é catedrático de Direito penal na Universidade Complutense de Madri, procurou sublinhar (com base em Kraepelin, Cason, Schneider, Di Tullio, Catalano e Cerquetelli, Kahn, Göppinger, Craft, Garrido Genovés etc.) algumas das car...