Gerson Boaventura Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), esteve submetido a uma sabatina no Teatro Folha (assisti a reprise pela TV Justiça), sobre os mais diversos assuntos de interesse nacional. Como é sabido existe uma inclinação dos governantes de considerar como oposicionista todos que, de uma forma ou de outra, profiram restrições à sua governança. Sob esta visão equivocada foi visto o presidente do STF ao dar vazão às posições da Suprema Corte brasileira, segurando e até obstaculizando ações desejadas pelo Poder Central. Quando uma autoridade do Poder Judiciário, cria uma situação como a acima narrada, surgem críticas, e elogios é claro, de todos os lados. Sendo que os primeiros insistem em velhos chavões, do tipo: O Juiz não fala fora dos autos; fora dos tribunais, o juiz deve ser mudo; o juiz não deve se pronunciar a respeitos de temas estranhos à aplicação da lei e não se manifesta, sob hipótese alguma, sobre fato a ser subm...