Edinei Muniz
Em matéria publicada hoje pela Agência de Notícias do Acre, supostamente apoiando-se em dados do Censo Escolar de 2008, o governo tenta explicar o inexplicável: "o desastre da educação acreana nos indicadores oficiais de desempenho".
A agência inicia dizendo que os dados apresentados pela Fundação Getúlio Vargas são de 2003. Mentira! Os dados trabalhados pela Fundação são de 2006, mais precisamente da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), do IBGE.
Em matéria publicada hoje pela Agência de Notícias do Acre, supostamente apoiando-se em dados do Censo Escolar de 2008, o governo tenta explicar o inexplicável: "o desastre da educação acreana nos indicadores oficiais de desempenho".
A agência inicia dizendo que os dados apresentados pela Fundação Getúlio Vargas são de 2003. Mentira! Os dados trabalhados pela Fundação são de 2006, mais precisamente da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), do IBGE.
Por ser hoje o dia da mentira, irei descontar algumas impropriedades apresentadas. Não irei desmascar todas de um única vez. Não faz meu estilo.
Mesmo assim, para iniciar, vejam esse pequeno trecho da matéria, carente de reparos:
“Pelo Censo Escolar é possível ver nas estatísticas o que vem sendo feito nas escolas. O crescimento da matrícula no ensino médio, apenas para citar um exemplo, foi de 8,1%, a melhor colocação do Brasil e consecutivamente da Amazônia em 2008”.
Na verdade não é bem assim. Analisemos: em 2006, segundo informações do Censo Escolar, 29.171 jovens foram matriculados no ensino médio regular em escolas da rede estadual. Em 2007, por mais incrível que possa parecer, o número caiu para 28.221. Isso mesmo!
Em 2008 - ano apontado pela matéria da agência como “melhor colocação do Brasil e da Amazônia” – o número de matrículas cresceu um pouquinho, pulou para 30.773, muito mais recuperando o tempo perdido do que propriamente crescendo.
A educação acreana é assim: "dá dois passos para trás e depois dois para frente"
Resultado: volta sempre para o mesmo lugar.
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