Os projetos de prospecção petrolífera e de gás natural na região oeste da Bacia Amazônica se transformaram em uma ameaça para a biodiversidade e os povos indígenas da região, assegurou hoje um estudo publicado na internet na revista científica "PLoS ONE". Segundo a pesquisa, muito em breve essa zona, onde se encontram a maior biodiversidade e as selvas mais extensas do planeta, poderia estar coberta por plataformas petrolíferas e gasodutos.
O estudo, realizado por duas organizações americanas sem fins lucrativos e por cientistas da Universidade Duke (Carolina do Norte), assinala que já há 180 blocos de prospecção petrolífera e de gás na região. Esses blocos cobrem uma superfície de 688 mil quilômetros em territórios de Brasil, Colômbia, Equador e Peru.
Em uma pesquisa que durou três anos, os cientistas determinaram as atividades petrolíferas na região, e seu resultado é "uma alarmante avaliação das ameaças à biodiversidade e aos povos da região", assinala o relatório. "Descobrimos que os blocos de gás e petróleo se sobrepõem perfeitamente com as zonas de maior biodiversidade para aves, mamíferos e anfíbios da área", segundo Clinton Jenkins, cientista da Universidade Duke. Ele acrescentou que "a ameaça para os anfíbios é de especial preocupação, pois já constituem o grupo de vertebrados mais ameaçado (pela extinção) no mundo todo".
Parques nacionais
O estudo, realizado por duas organizações americanas sem fins lucrativos e por cientistas da Universidade Duke (Carolina do Norte), assinala que já há 180 blocos de prospecção petrolífera e de gás na região. Esses blocos cobrem uma superfície de 688 mil quilômetros em territórios de Brasil, Colômbia, Equador e Peru.
Em uma pesquisa que durou três anos, os cientistas determinaram as atividades petrolíferas na região, e seu resultado é "uma alarmante avaliação das ameaças à biodiversidade e aos povos da região", assinala o relatório. "Descobrimos que os blocos de gás e petróleo se sobrepõem perfeitamente com as zonas de maior biodiversidade para aves, mamíferos e anfíbios da área", segundo Clinton Jenkins, cientista da Universidade Duke. Ele acrescentou que "a ameaça para os anfíbios é de especial preocupação, pois já constituem o grupo de vertebrados mais ameaçado (pela extinção) no mundo todo".
Parques nacionais
O estudo manifesta que nem sequer os parques nacionais se salvam da prospecção de hidrocarbonetos, que se concentrou nas partes menos afetadas do Amazonas. Entre esses parques o relatório menciona o Parque Nacional Yasuní, no Equador, e o Parque Nacional Madidi, na Bolívia.
Segundo Matt Finer, do grupo ecologista americano Save America's Forests, a situação "mais dinâmica" se desenvolve na região amazônica peruana. Ali, 64 blocos de petróleo e gás natural cobrem aproximadamente 72% da região, que é de cerca de 490 mil quilômetros quadrados. O estudo também indica que muitos dos blocos de prospecção de hidrocarbonetos ameaçam os territórios de povos indígenas que vivem totalmente isolados da civilização e são suscetíveis a doenças externas.
Segundo os cientistas, o grande perigo para a pureza do Amazonas é representado pelos novos caminhos de acesso que envolvem a prospecção petrolífera. Essa nova estrutura viária acelera o desmatamento, a colonização, a caça excessiva e a poda ilegal em zonas que até há pouco eram muito remotas. "A eliminação de novos caminhos de acesso petroleiro poderia reduzir de maneira significativa o impacto da maioria dos projetos", assinala Finer.
Brian Keane, do grupo Land is Life, afirma que o desenvolvimento petroleiro no Amazonas ocidental é "uma flagrante violação dos direitos dos povos indígenas na região". Acrescenta que os acordos internacionais reconhecem que os povos indígenas têm direitos sobre suas terras, e "explicitamente proíbem entregar concessões para a exploração de recursos naturais em seus territórios sem seu consentimento ". "Encher o tanque de gasolina em breve poderá ter conseqüências devastadoras para as selvas, seus povos e suas espécies", assinala Stuart Pimm, cientista da Universidade de Duke.
G1
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