Hoje contarei uma história que se passou comigo na infância, lá pelos 8 anos de idade. O fato se deu na “Colocação Pau-Pina”, do famoso "Seringal Cachoeira", em Xapuri. Minha avó materna era posseira do lugar e nas férias escolares era comumente levado para o local.
O Seringal Cachoeira sempre teve fama de mal-assombrado. Confesso que muitas histórias percorriam a minha mente e que tinha verdadeiro pavor de dormir por lá. À noite tinha tanto medo que faltava coragem até para abrir os olhos e mirar em direção à mata.
Certa vez, na lua cheia, lá pela meia noite, levado não sei até hoje por quais forças - por coragem minha é que não foi - pulei uma das janelas do cassarão e ganhei a mata. Na minha mente ainda resta uma vaga lembrança de que “flutuava” próximo à copa das árvores e que não sentia medo naquele momento.
Minha sorte é que meus familiares ficaram acordados até mais tarde naquele dia, pois estavam fazendo, se me lembro bem, algum tipo de doce na cozinha.
Minha irmã mais velha, que era quem normalmente dormia comigo na rede, foi a primeira sentir minha falta.
Meu tio, caçador habilidoso, pegou uma blusa, deu para os cachorros cheirarem e lá foram eles atrás do desaparecido.
Fui acordado pelo som da matilha no meu pé do ouvido. Estava dentro do buraco de um antigo “defumador” de seringa, abandonado há mais de 50 anos e que ficava a uma distância de pelo menos uns dois quilômetros do local de onde saí para o estranho passeio.
O que até hoje paira sem explicação é que quando me encontraram estava sem nenhum “arranhão” no corpo, mesmo tendo, em tese, atravessado uma capoeira bastante densa para chegar ao local.
Ainda hoje, 26 anos depois, essa história ainda habita o imaginário dos moradores mais antigos do Seringal Cachoeira. Contam eles para os mais novos que fui levado pelo “caboclinho da mata”, o guardião dos animais da floresta.
Que nada! Foi só uma manifestação de sonambulismo. Ou será que não?
O Seringal Cachoeira sempre teve fama de mal-assombrado. Confesso que muitas histórias percorriam a minha mente e que tinha verdadeiro pavor de dormir por lá. À noite tinha tanto medo que faltava coragem até para abrir os olhos e mirar em direção à mata.
Certa vez, na lua cheia, lá pela meia noite, levado não sei até hoje por quais forças - por coragem minha é que não foi - pulei uma das janelas do cassarão e ganhei a mata. Na minha mente ainda resta uma vaga lembrança de que “flutuava” próximo à copa das árvores e que não sentia medo naquele momento.
Minha sorte é que meus familiares ficaram acordados até mais tarde naquele dia, pois estavam fazendo, se me lembro bem, algum tipo de doce na cozinha.
Minha irmã mais velha, que era quem normalmente dormia comigo na rede, foi a primeira sentir minha falta.
Meu tio, caçador habilidoso, pegou uma blusa, deu para os cachorros cheirarem e lá foram eles atrás do desaparecido.
Fui acordado pelo som da matilha no meu pé do ouvido. Estava dentro do buraco de um antigo “defumador” de seringa, abandonado há mais de 50 anos e que ficava a uma distância de pelo menos uns dois quilômetros do local de onde saí para o estranho passeio.
O que até hoje paira sem explicação é que quando me encontraram estava sem nenhum “arranhão” no corpo, mesmo tendo, em tese, atravessado uma capoeira bastante densa para chegar ao local.
Ainda hoje, 26 anos depois, essa história ainda habita o imaginário dos moradores mais antigos do Seringal Cachoeira. Contam eles para os mais novos que fui levado pelo “caboclinho da mata”, o guardião dos animais da floresta.
Que nada! Foi só uma manifestação de sonambulismo. Ou será que não?
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