
OBRAS FANTASMAS NO INTERIOR
O Ministério Público Estadual está apurando indícios de improbidade administrativa no contrato firmado entre o Governo do Estado e a Construtora Amazonidas Ltda, para realização da primeira etapa da Rodovia BR- 307, no trecho que liga o município de Benjamin Constant a Atalaia do Norte.
O Ministério Público Estadual está apurando indícios de improbidade administrativa no contrato firmado entre o Governo do Estado e a Construtora Amazonidas Ltda, para realização da primeira etapa da Rodovia BR- 307, no trecho que liga o município de Benjamin Constant a Atalaia do Norte.
A procuradoria do MPE requisitou a Secretaria do Estado de Infra-Estrutura (Seinf) a cópia do contrato e a respectiva prestação de contas da obra.A secretaria tem até 5 de junho para entregar a documentação solicitada.
Há suspeita de que a construtora recebeu por obras não realizadas.Segundo a edição do Diário Oficial do Estado de 05 de maio de 2008, a inspeção do MPE no trecho da obra revelou incompatibilidade entre o projeto básico e os trabalhos realizados pela Amazonidas.
A investigação foi conseqüência da apuração que o órgão fez nas obras da empresa Pampulha no Alto Solimões, e faz parte de uma devassa que começou a ser feita nos contratos firmados entre o governo do Amazonas e as empreiteiras.
O MPE ainda não identificou o valor global da obra, e está aguardando os relatórios da Seinf para dar seguimento à apuração. Por enquanto, sabe-se apenas que o contrato foi celebrado em 2007, e a obra foi paga com recursos do Convenio n. 630/2005, MIN. INT. NAC, que integra o patrimônio público. Com há recursos federais envolvidos, o MPE está acionando o TCU.Vale lembrar que a construtora Amazonidas integra o grupo Etam, controlado pela família Cameli, considerado o bloco empresarial que mais lucrou com obras nos últimos 12 anos no Amazonas.
A Construtora Amazonidas pertence ao ex-governador do Acre, Orleir Cameli. Em 2007, outra empresa do grupo, a ETAM, ganhou contrato de R$ 11,7 milhões do governo do Amazonas para construção de ponte no quilômetro 15 da rodovia Am 10, e outras duas pontes sobre o igarapé do Passarinho, além da realização de macrodrenagem no igarapé do Mindu.
A empresa foi beneficiada pelo Decreto de Emergência, assinado pelo Prefeito Serafim Corrêa no dia 9 de abril de 2007 e confirmado pelo governador Eduardo Braga, por isso não houve necessidade de licitação para essas obras.
Durante o governo Amazonino Mendes, em 2001, as empresas do Grupo Cameli foram acusadas de utilizar equipamentos do governo do Estado para realizar obras na calha do Médio Solimões.
Ganharam pelos equipamentos, que pertenciam ao contribuinte, e pelas obras contratadas.
Blog do Holanda
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