Saneamento básico deve ser prioridade para o próximo prefeito de Rio Branco, dizem eleitores
Amanda Mota Enviada Especial
Rio Branco (AC) - Um sistema eficiente para tratamento de água e esgoto, limpeza pública de ruas e avenidas, coleta e tratamento de lixo e de resíduos orgânicos é um dos principais desafios para os futuros prefeitos das capitais do Norte do país.
Em Rio Branco, no Acre, a situação não é diferente. Pelas ruas da cidade, é comum encontrar quem esteja com problemas relacionados à falta d'água.
Na capital acreana, quatro candidatos têm suas candidaturas registradas na Justiça Eleitoral com os seguintes nomes da urna (o nome político registrado pelo candidato): Antonio Rocha (Alves), do P-SOL; Angelim (Raimundo Angelim Vasconcelos), do PT, candidato à reeleição; Tião Bocalom (Sebastião Bocalom Rodrigues), do PSDB; e Petecão (Sérgio de Oliveira Cunha), do PMN.
A esperança é de que no próximo dia 5 de outubro os problemas decorrentes da precariedade do saneamento básico municipal comecem a mudar. É o que deseja a prestadora de serviços gerais Helena Ferreira. Ela é moradora de um bairro na periferia de Rio Branco há 16 anos e disse que precisa comprar água semanalmente para realizar atividades comuns em casa, como cozinhar, lavar louça e tomar banho. Helena contou que, além dos gastos extras para comprar água, ainda tem que pagar a conta emitida todos os meses pela administradora desse serviço (não prestado) na cidade. "Na rua onde eu moro não tem água há 16 anos. Eu dependo de poço, dos vizinhos, de carregar água nos baldes ou comprar dos pipas. Custa R$ 10 uma caixa de água. Por semana, gasto R$ 30", relatou.
Conforme apurou a reportagem da Agência Brasil, a principal expectativa da população é de que o prefeito que venha a ser eleito no dia 5 de outubro possa melhorar de uma vez por todas o saneamento básico local.
Conforme apurou a reportagem da Agência Brasil, a principal expectativa da população é de que o prefeito que venha a ser eleito no dia 5 de outubro possa melhorar de uma vez por todas o saneamento básico local.
Na capital do Acre, dos 188 bairros existentes, apenas 17% têm rede de esgoto e somente a metade dessa rede recebe tratamento. A professora Ana Maria de Souza, que dá aula para alunos do ensino fundamental nas redes municipal e estadual em Rio Branco, também reclama de problemas relacionados à questão da água e diz que faltam médicos e unidades de saúde na cidade. "Faltam mais postos de saúde nos bairros para atender à população. Poderia haver, por exemplo, um plano que nos permitisse encaminhar os alunos que chegam à escola doentes aos postos mais próximos. Hoje, a criança volta para casa com dor de cabeça, com vômito, com febre. Geralmente eles ficam em casa uns dois dias e depois disso a mãe acaba mandando a criança de volta para a escola do mesmo jeito, porque não conseguiu médico para atendê-los. Fica nesse vai-e-vem porque na escola a gente não tem como tratar. Priorizar a saúde do povo seria uma boa idéia", destacou.
O diretor do Departamento de Água e Saneamento do Acre, José Bestene, reconheceu os problemas existentes pela ineficiência do saneamento básico em Rio Branco, mas garantiu que a situação já está começando a melhorar. Ele informou que independentemente das eleições municipais, os recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, estão possibilitando a ampliação e a modernização da rede de esgoto. Disse ainda que a meta é chegar em 2010 com 70% de tratamento de esgoto e 100% de água tratada na cidade.
"Temos discutido muito com as autoridades de saúde sobre os investimentos em saneamento, que vão melhorar os indicadores de saúde. Sabemos, por meio de relatórios do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), por exemplo, que 85% das doenças endêmicas provêm das águas. Mas, com os investimentos em saneamento, não temos dúvida de que haverá melhorias nos indicadores. Está comprovado que cada dólar aplicado em saneamento representa quatro dólares de economia que o governo fará", declarou.
Em meio às reclamações da população e do trabalho que poderá ser feito na cidade, os candidatos à prefeitura de Rio Branco prometem a construção de mais estações para tratamento de água – atualmente só existe uma para toda cidade; o funcionamento dos postos de saúde por 24 horas; a contratação de médicos; e ainda a construção de mais creches. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rio Branco tem 201.620 eleitores. Quinhentas e nove urnas já estão sendo preparadas para receber o voto dessa população. Em todo o Acre, a faixa etária com a maior quantidade de eleitores é de 25 a 34 anos. Adultos acima de 79 anos são minoria entre os eleitores da cidade.
"Temos discutido muito com as autoridades de saúde sobre os investimentos em saneamento, que vão melhorar os indicadores de saúde. Sabemos, por meio de relatórios do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), por exemplo, que 85% das doenças endêmicas provêm das águas. Mas, com os investimentos em saneamento, não temos dúvida de que haverá melhorias nos indicadores. Está comprovado que cada dólar aplicado em saneamento representa quatro dólares de economia que o governo fará", declarou.
Em meio às reclamações da população e do trabalho que poderá ser feito na cidade, os candidatos à prefeitura de Rio Branco prometem a construção de mais estações para tratamento de água – atualmente só existe uma para toda cidade; o funcionamento dos postos de saúde por 24 horas; a contratação de médicos; e ainda a construção de mais creches. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rio Branco tem 201.620 eleitores. Quinhentas e nove urnas já estão sendo preparadas para receber o voto dessa população. Em todo o Acre, a faixa etária com a maior quantidade de eleitores é de 25 a 34 anos. Adultos acima de 79 anos são minoria entre os eleitores da cidade.
Agência Brasil
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