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Não é mais referendo

Tenho andado pelas ruas de Rio Branco, em especial, nos bairros periféricos e, empiricamente, tenho aferido como anda o coração do povo de Rio Branco em relação à possibilidade de ocorrência de segundo turno.

Em média, assim tem se manifestado o povo:

- Olha...pelo que eu tô vendo aí... vai ter segundo turno. O Bocalon cresceu muito.

Pesquisas em poder da Companhia de Selva, e que por obra de gente lá de dentro acabou parando nas mãos dos estrategistas da oposição, confirmam o que vem dizendo o povo nos bairros.

De acordo com os números, se a onda de crescimento da oposição for sustentável e se mantiver, Angelim não terá mais que 45% dos votos. Este que é o patamar natural da Frente Popular, pelo menos até as vésperas das eleições.

O grande trunfo a disposição dos petistas é exatamente o efeito “compra de votos”, onde eles esperam ampliar a vantagem em, pelo menos, 7% e, assim, descartar a hipótese de segundo turno. Tida para eles como algo muito perigoso.

Por outro lado, não tem sido fácil para a Frente Popular captar grandes somas de recursos oriundos das empresas que operam no governo. É que com Binho Marques a fonte, outrora abundante, tornou-se mais escassa.

É esperar para ver no que vai dar. Tudo pode acontecer. Mas, a verdade é que, na reta final, o campo de votos da oposição está se movimentando em direção ao patamar de sempre, ou seja, está criando, finalmente, condições vantajosas para garantir a competitividade, ausente durante a maior parte do processo eleitoral.

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