Assolada por uma das mais desastradas e infrutíferas administrações de todos os tempos, Xapuri pede por socorro. O município, no geral, sofre com a falta de investimentos nas áreas mais básicas e reclama por ações eficazes do poder legitimamente designado para resolver os problemas da comunidade e honrar com as demais obrigações a si atribuídas.
Exemplo da ineficiência e da pachorra da atual administração é um buraco localizado na rua Dr. Batista de Moraes, a menos de 20 metros de dois dos mais visitados pontos da cidade – a Casa de Chico Mendes, recentemente tombada como Patrimônio Histórico Nacional, e a própria Fundação Chico Mendes -, que tem causado sérios transtornos à população.
A cratera, resultado da erosão no sistema de esgotos, é um problema crônico para os moradores daquelas imediações que a prefeitura insiste em ignorar. A falta de respeito dos representantes da prefeitura chega a ser acintosa, como ficou claro há alguns meses quando funcionários da Secretaria de Obras cercaram o buraco com pedaços de madeira de refugo como se houvessem resolvido o problema.
No ano passado, por pouco uma criança não se afogou nos dejetos, fato que não se consumou por obra de um funcionário público que passava no local no momento em que um garoto caía nas águas, segurando-lhe pelos cabelos. Antes desse episódio, segundo moradores, um idoso já havia caído no local, vindo a sofrer graves conseqüências para a saúde em razão do acidente.
Perto dali, a Rua Pio Nazário, outro acesso à Fundação Chico Mendes, mais parece uma tábua de pirulitos tal é o seu atual estado de conservação. A situação é tão ruim que a presidente da entidade, Elenira Mendes, chegou a afirmar que seria constrangedor receber visitas na instituição que guarda a memória de seu pai.
Diante da situação, as eleições que se aproximam passaram a ser vistas pelos moradores da terra de Chico Mendes como a tábua de salvação para o estado precário e de abandono em que a terra do seringueiro-herói se encontra. Certo é que não se reelegendo, o atual prefeito deixará como herança uma cidade que já foi chamada de “Princesa do Acre”, cheia de rombos e buracos.
Raimari Cardoso, Xapuri-Acre
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