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Poder concentrado PMDB estará à frente de 1.208 prefeituras a partir de 2009

Fonte: Consultor Jurídico

Se no primeiro turno das eleições municipais o PT saiu como o grande vencedor nas capitais, com seis prefeitos eleitos, no segundo turno perdeu nas três capitais que disputou: São Paulo, Porto Alegre e Salvador. Gilberto Kassab (DEM) ganhou de Marta Suplicy (PT) com 60% dos votos. Em Porto Alegre, o peemedebista José Fogaça (58%) ganhou de Maria do Rosário. O PMDB também bateu o PT em Salvador, onde conseguiu reeleger João Henrique.
O PMDB, que tinha feito apenas dois prefeitos no primeiro turno, levou quatro capitais no segundo e se igualou ao PT em número de dirigentes nas capitais do país.
Juntos, PMDB e PT administrarão 12 das 26 capitais dos estados. O PSDB elegeu dois prefeitos no segundo turno nas capitais. Com os dois que tinha feito no primeiro, ficou com quatro. O PTB ficou em quarto lugar, com a conquista de duas capitais da região norte: Manaus e Belém. O DEM ficou apenas com uma capital no país: São Paulo.
Ranking geral
No país, o PMDB é o grande vencedor. Começará 2009 à frente de 1208 prefeituras, o que só reforça o poder político concentrado nas mãos da legenda.
O PSDB aparece em segundo lugar, com 788 prefeitos eleitos para os próximos quatro anos. No ranking geral, o PT está na terceira posição: 553 prefeituras sob sua gestão. Em seguida, aparecem PP (550), DEM (418) e PTB (416).
Balanço do TSE
Na segunda coletiva do dia, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Carlos Ayres Britto, comemorou a rapidez na apuração dos resultados em todo o país. A previsão era de que às 20h todos os prefeitos seriam conhecidos. E foi o que aconteceu. Em Vila Velha (ES), a apuração de 100% das urnas foi finalizada 56 minutos após o término do horário para votação. Neucimar Fraga (PR) foi o vencedor. Em Anápolis (GO), uma hora e dez minutos depois já se sabia que Antônio Gomide (PT) tinha 75% dos votos dos eleitores.
"É o Brasil na vanguarda do processo eleitoral em todo mundo", declarou o presidente do TSE.
Durante o domingo (26/10), 554 ocorrências policiais foram registradas em todo o país. Nenhum candidato foi preso. No entanto, 410 eleitores foram presos. Segundo Carlos Britto, os principais motivos são boca-de-urna, transporte ilegal de eleitores e compra de votos. O estado do Rio Grande do Sul registrou o maior número de detenções: 249. Só em Canos, foram 200.
A explicação, segundo o presidente do TSE, é o fato de a cidade não ter rede própria de televisão. Com isso, a campanha é feita no corpo-a-corpo, com passeatas e carreatas. "O acirramento de ânimos é maior", disse o ministro.
A expectativa era de que pela primeira vez as urnas de lona com cédulas de papel fosse deixadas de lado. No entanto, uma seção do Jardim Botânico no Rio de Janeiro teve de substituir a urna eletrônica pela de lona.
Até o final das votações, 515 urnas foram substituídas, o que representa 0,661% de um total de 77.901 urnas.

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