Pular para o conteúdo principal

Jordão e as causas do IDH


Visando contribuir com o debate sobre o IDH do município de Jordão, lançarei alguns dados para os "analistas" degustarem, caso queiram.

Começaremos mostrando a evolução das transferências do Governo Federal (maior provedor) ao município no período compreendido entre 2004 e 2009.

Em 2004, foram repassados R$ 4.088.629,30 milhões (click e veja a destinação) .

Em 2005, ainda na gestão do ex-governador Jorge Viana, o valor saltou para R$ 5.163.896,55.

Em 2006, ano da eleição de Binho Marques, um novo salto, o valor repassado foi R$ 6.759.470,53 .

Em 2007, já na gestão de Binho Marques, os repasses pularam para R$ 8.431.563,39.

Em 2008, mais um salto, pulamos para R$ 9.712.281,18.
Como se nota, o aporte de recursos destinados ao Jordão, vem aumentando significativamente ano após ano.
Educação:
Dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação revelam que o município apresenta sérios problemas no que tange ao Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Por conta disso, o município vem deixando de receber recursos do Ministério da Educação.
Não esqueçamos que o nível educacional é um dos principais intrumentos utilizados na composição do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU. Enquanto o principal programa de alfabetização do país deixa de ser oferecido, o município segue como um dos líderes em analfabetismo, algo superior a 60% da população, segundo o IBGE.
Parlamentares federais que incluiram o município no orçamento da União:
Apenas 03 (três) parlamentares enviaram recursos para o município em 2008. Perpétua Almeida (PC do B) enviou R$ 150.000,00 para a construção de uma granja. Geraldinho Mesquita (R$ 200.000,00) e Tião Viana (R$ 150.000,00) também enviaram recursos.
Em 2007, por incrível que pareça, apenas um deputado apresentou emenda ao orçamento da união destinada ao município. Foi Junior Betão, no valor de R$ 30.000,00, para investimento em infra-estrutura.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Astronomia: Milhares de cometas escuros podem colidir com a Terra

Da Lusa - Agência de Notícias de Portugal Londres, (Lusa) - Milhares de cometas que circulam no sistema solar podem ser um perigo para a Terra, por serem indetectáveis, o que dificulta a antecipação de um eventual impacto, alertaram quarta-feira vários astrónomos britânicos. São cerca de três mil os cometas que circulam no sistema solar e apenas 25 podem ser avistados a partir da Terra, lê-se no artigo da revista "New Scientist", assinado por Bill Napier, da Universidade de Cardiff, e por David Asher, astrónomo do Observatório da Irlanda do Norte. "Devemos alertar para o perigo invisível mas significativo que são os cometas escuros", dizem os astronómos, explicando que um cometa fica escuro quando perde a cola brilhante. Desprovido desta substância, "o trajecto de um cometa que esteja em rota de colisão com o planeta Terra pode passar despercebido ao telescópio", afirmam Napier e Asher. Nos últimos séculos, o cometa de que há registo de ter passado mais pr

Os Farrapos dos olhos azuis

Cláudio Ribeiro - Demitri Túlio, do Jornal O Povo, de Fortaleza A íris clara, azulzíssima em muitos deles, é a digital do povo Farrapo. Também é da identidade a pele branca avermelhada, carimbada pelo sol forte que não cessa em Sobral. Isso mais entre os que vivem na zona rural. Gostam de exaltar o sobrenome. É forte. Farrapo não é apelido. Não são uma etnia, mas são tratados assim. São “da raça dos Farrapos”, como nos disse quem os indicou a procurá-los. Os Farrapos têm história a ser contada. Praticaram a endogamia por muito tempo. Casamentos em família, entre primos, mais gente do olho azul de céu que foi nascendo e esticando a linhagem. Sempre gostaram de negociar, trocar coisa velha. São um pouco reclusos. Vivem sob reminiscências de judaísmo. Há estudo disso, mas muito ainda a ser (re)descoberto. Os Farrapos são citados, por exemplo, no livro do padre João Mendes Lira, Presença dos Judeus em Sobral e Circunvizinhanças e a Dinamização da Economia Sobralense em Função do Capital Ju

Erros judiciários: Caso Mignonette - Estado de necessidade

A 5 de Julho de 1884 naufragou o iate inglês La Mignonette. Depois de vários dias no mar, o imediato, que era o mais jovem de todos, foi morto pelos companheiros, que mais tarde alegaram estado de necessidade perante o júri. Sustentaram que não teriam sobrevivido caso não se utilizassem do cadáver para matar a fome. O júri deu um "veredicto especial", reconhecendo apenas a matéria de fato, mas deixando a questão jurídica para que a corte superior decidisse. Lord Coleridge, um dos juízes superiores, disse, entre outras considerações, o seguinte: Conservar a própria vida é, falando em geral, um dever: mas sacrificá-la pode ser o mais claro e alto dever. A necessidade moral impõe deveres dirigidos não à conservação mas ao sacrifício da sua vida pelos outros. Não é justo dizer que há uma incondicionada e ilimitada necessidade de conservar a própria vida. Necesse est ut eam, non ut viram (é necessário que eu caminhe, não que eu viva) disse Lord Bacon. Quem deve julgar o estado de