Pular para o conteúdo principal

Deixo o jornalismo

Amigos jornalistas,

Como sabem, durante anos militei na imprensa acreana, tudo como um simples “articulista”. Não sou jornalista e nunca tive tal pretensão, mas nunca deixei de exercer o direito à liberdade de expressão, que a todos é facultado.

No Acre, infelizmente, existe um bloqueio e um patrulhamento à informação, imposto por aqueles que acham que podem mudar a realidade simplesmente impedindo a verdade de aparecer. São imbecis os que fazem isso, apenas imbecis.

Nunca aceitei esse absurdo, meu espírito sempre me cobrava quando via a mentira sendo transformada em verdade. Corria para o computador e fazia os reparos que a sociedade precisava para não ser enganada.

A imprensa acreana, se quisesse, derrubaria “governos”, mudaria realidades, faria uma sociedade mais justa, tudo com uma única arma: a verdade.

Foi com ela, a verdade, que militei na imprensa estes anos todos. Falei duro, critiquei, denunciei, apontei soluções, e nunca, nunca mesmo, fui processado.

Sinceramente! Sinto-me mais cidadão pelo que fiz. Tenho também certeza que ajudei muito.

Por outro lado, sempre sonhei em um dia ser advogado. Agora que posso legalmente exercer a profissão, mudo meu foco, transfiro minha militância para o direito, com exclusividade.

Deixo hoje o jornalismo e assumo a advocacia.

Um forte abraço a todos os amigos da imprensa.


Comentários

Acreucho disse…
Bem, não sou jornalista como você sabe, mas, digo que a verdade sobre os fatos perderá muito com a sua saída, faz tempo que acompanho seu blog e o acho muito interessante, tenho até reproduzido coisas suas no meu blog. Parabéns e felicidades na nova empreitada Dr. Ednei!
Ana Cristina disse…
Felicidades em sua nova jornada, nobre causídico!

Postagens mais visitadas deste blog

Astronomia: Milhares de cometas escuros podem colidir com a Terra

Da Lusa - Agência de Notícias de Portugal Londres, (Lusa) - Milhares de cometas que circulam no sistema solar podem ser um perigo para a Terra, por serem indetectáveis, o que dificulta a antecipação de um eventual impacto, alertaram quarta-feira vários astrónomos britânicos. São cerca de três mil os cometas que circulam no sistema solar e apenas 25 podem ser avistados a partir da Terra, lê-se no artigo da revista "New Scientist", assinado por Bill Napier, da Universidade de Cardiff, e por David Asher, astrónomo do Observatório da Irlanda do Norte. "Devemos alertar para o perigo invisível mas significativo que são os cometas escuros", dizem os astronómos, explicando que um cometa fica escuro quando perde a cola brilhante. Desprovido desta substância, "o trajecto de um cometa que esteja em rota de colisão com o planeta Terra pode passar despercebido ao telescópio", afirmam Napier e Asher. Nos últimos séculos, o cometa de que há registo de ter passado mais pr

Os Farrapos dos olhos azuis

Cláudio Ribeiro - Demitri Túlio, do Jornal O Povo, de Fortaleza A íris clara, azulzíssima em muitos deles, é a digital do povo Farrapo. Também é da identidade a pele branca avermelhada, carimbada pelo sol forte que não cessa em Sobral. Isso mais entre os que vivem na zona rural. Gostam de exaltar o sobrenome. É forte. Farrapo não é apelido. Não são uma etnia, mas são tratados assim. São “da raça dos Farrapos”, como nos disse quem os indicou a procurá-los. Os Farrapos têm história a ser contada. Praticaram a endogamia por muito tempo. Casamentos em família, entre primos, mais gente do olho azul de céu que foi nascendo e esticando a linhagem. Sempre gostaram de negociar, trocar coisa velha. São um pouco reclusos. Vivem sob reminiscências de judaísmo. Há estudo disso, mas muito ainda a ser (re)descoberto. Os Farrapos são citados, por exemplo, no livro do padre João Mendes Lira, Presença dos Judeus em Sobral e Circunvizinhanças e a Dinamização da Economia Sobralense em Função do Capital Ju

Erros judiciários: Caso Mignonette - Estado de necessidade

A 5 de Julho de 1884 naufragou o iate inglês La Mignonette. Depois de vários dias no mar, o imediato, que era o mais jovem de todos, foi morto pelos companheiros, que mais tarde alegaram estado de necessidade perante o júri. Sustentaram que não teriam sobrevivido caso não se utilizassem do cadáver para matar a fome. O júri deu um "veredicto especial", reconhecendo apenas a matéria de fato, mas deixando a questão jurídica para que a corte superior decidisse. Lord Coleridge, um dos juízes superiores, disse, entre outras considerações, o seguinte: Conservar a própria vida é, falando em geral, um dever: mas sacrificá-la pode ser o mais claro e alto dever. A necessidade moral impõe deveres dirigidos não à conservação mas ao sacrifício da sua vida pelos outros. Não é justo dizer que há uma incondicionada e ilimitada necessidade de conservar a própria vida. Necesse est ut eam, non ut viram (é necessário que eu caminhe, não que eu viva) disse Lord Bacon. Quem deve julgar o estado de