Pular para o conteúdo principal

Dengue em Rio Branco: de quem é a responsabilidade?


Edinei Muniz


As informações oficiais vindas da Prefeitura de Rio Branco asseguram que o surto de dengue está sob controle. Será?

Fico me perguntando se devo confiar nas informações prestadas pelas autoridades. A razão é simples, os gestores da saúde municipal sofrem os efeitos daquela velha história do mentiroso que quando precisa falar a verdade ninguém lhe dá crédito.

Digo isso porque o débito de informação verdadeira quanto ao atual surto epidêmico que vivemos em Rio Branco é muito grande. Eles escondem a verdade sobre a dengue o tempo todo, sempre dissimulando o que não lhes interessa, e amplificando o que é favorável à política da boa imagem frente a opinião pública.

A Epidemiologia, ciência que estuda o comportamento das doenças em determinadas localidades e períodos, tem na informação seu principal instrumento de ação. Sabe-se, e não é de hoje, que há diversos bairros em Rio Branco que apresentam um nível perigosamente alto de infestação pelo Aedes aegipty, o que é o primeiro passo para a explosão de surtos epidêmicos da dengue.

No entanto, a cada ano, quando surgem casos sugestivos de dengue, a Secretaria Municipal de Saúde, ao invés de tomar as medidas epidemiologicamente recomendáveis, fica dando desculpas de que é “uma virose”, quando, em verdade, deveria investigar melhor e já alertar a comunidade, que é a principal parceira de qualquer ação preventiva em Saúde Pública, especialmente em relação à dengue.

O problema é que a maior parte do que é divulgado como sendo "virose", na verdade, é dengue. Daí, até que as autoridades assumam as responsabilidades, e resolvam intervir, já se foram muitos dias perdidos. Em epidemiologia tempo é ouro. Um dia perdido pode significar mais doença, mais mortes e mais sofrimento na comunidade.

Comentários

Anônimo disse…
Para ajudar no combate à dengue,plantem citronela(a essência de citronela-cymbopogom nardus, mata larvas e pupas em 3 horas, 1 colher (sopa) para 1 litro de água,( peço que façam a experiência!),manjericão,usem seus derivados(desinfetantes,essências,óleos,velas,sabonetes),deixem viver as criaturinhas,os muitos predadores do aedes:aranhas mosquiteiras,lagartixas de parede,libélulas,pássaros insetívoros,peixes guppy nos reservatórios de água,sapos,além de telar caixas d água,eliminar possíveis criadouros, usem bacillus thuringiensis Não usem veneno químico, faz mal á nossa saúde,o aedes já adquiriu resistência, mas, mata seus predadores, e assim a dengue prolifera livremente.. Os predadores são consumidores vorazes do aedes, tanto na água como em terra, muito mais eficientes que qualquer medida artificial. Pesquisem para comprovar! Perfume também espanta o mosquito.Passem nas partes descobertas. Colocar uma caneca de plástico com ½ de água e 3 gotas de essência de citronela, deixe perto da cama.O cheiro permanece até o dia seguinte e o mosquito não se aproxima. A Adultrap é eficiente,mas captura a fêmea grávida que entra para botar após sugar o sangue,elimina sim, mas depois do repasto.Usem um repelente feito com cravo da índia(2ptes.),óleo de bebê(1 vidro) e álcool ( 1 litro)l.
. Chegou nas farmácias o remédio homeopático para combater os sintomas da dengue. PRODEN, do Laboratório Almeida Prado. – Tem tb. O Exterminador de insetos MEGA, só que deve ser colocado no chão, o aedes voa rasteiro.Já testei o aparelho e eletrocuta mesmo!! Usem tb.o BG-Sentinel,sendo testado em Manaus,exala o odor da pele humana para atrair o mosquito. nobukunister@gmail.com
roberto luiz disse…
Este comentário foi removido por um administrador do blog.

Postagens mais visitadas deste blog

Os Farrapos dos olhos azuis

Cláudio Ribeiro - Demitri Túlio, do Jornal O Povo, de Fortaleza A íris clara, azulzíssima em muitos deles, é a digital do povo Farrapo. Também é da identidade a pele branca avermelhada, carimbada pelo sol forte que não cessa em Sobral. Isso mais entre os que vivem na zona rural. Gostam de exaltar o sobrenome. É forte. Farrapo não é apelido. Não são uma etnia, mas são tratados assim. São “da raça dos Farrapos”, como nos disse quem os indicou a procurá-los. Os Farrapos têm história a ser contada. Praticaram a endogamia por muito tempo. Casamentos em família, entre primos, mais gente do olho azul de céu que foi nascendo e esticando a linhagem. Sempre gostaram de negociar, trocar coisa velha. São um pouco reclusos. Vivem sob reminiscências de judaísmo. Há estudo disso, mas muito ainda a ser (re)descoberto. Os Farrapos são citados, por exemplo, no livro do padre João Mendes Lira, Presença dos Judeus em Sobral e Circunvizinhanças e a Dinamização da Economia Sobralense em Função do Capital Ju...

Erros judiciários: Caso Mignonette - Estado de necessidade

A 5 de Julho de 1884 naufragou o iate inglês La Mignonette. Depois de vários dias no mar, o imediato, que era o mais jovem de todos, foi morto pelos companheiros, que mais tarde alegaram estado de necessidade perante o júri. Sustentaram que não teriam sobrevivido caso não se utilizassem do cadáver para matar a fome. O júri deu um "veredicto especial", reconhecendo apenas a matéria de fato, mas deixando a questão jurídica para que a corte superior decidisse. Lord Coleridge, um dos juízes superiores, disse, entre outras considerações, o seguinte: Conservar a própria vida é, falando em geral, um dever: mas sacrificá-la pode ser o mais claro e alto dever. A necessidade moral impõe deveres dirigidos não à conservação mas ao sacrifício da sua vida pelos outros. Não é justo dizer que há uma incondicionada e ilimitada necessidade de conservar a própria vida. Necesse est ut eam, non ut viram (é necessário que eu caminhe, não que eu viva) disse Lord Bacon. Quem deve julgar o estado de ...

REPONDO A VERDADE SOBRE O ACRECAP LEGAL

A APLUB CAPITALIZAÇÃO, responsável pelo ACRECAP LEGAL, publicou nota no Jornal A GAZETA, edição de sábado, rebatendo as denúncias de que estaria praticando jogo de azar e se apropriando do resgate dos referidos títulos de capitalização. Em homenagem à verdade, façamos alguns reparos. Diz a APLUB que comercializa o título de capitalização, ACRECAP LEGAL, mediante a aprovação, junto à Superintendência de Seguro Privado (SUSEP), dos Processos nº 15414.200276/2010-81 e 15414.003023/2009-28, Ora, convenhamos, o fato da APLUB CAPITALIZAÇÃO ter obtido, após procedimento administrativo regular, junto à Superintendência de Seguros Privados,  autorização para a emissão e a comercialização de títulos de capitalização, não é o cerne do problema. O Problema está em sabermos se a atuação da referida empresa em relação ao ACRECAP LEGAL tem obervado os ditames legais. Ou seja: o problema é o que a APLUB faz com a autorização da SUSEP e não a autorização em si. Infelizmente, o que vem f...