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É preciso cair na real

Edinei Muniz

Já faz algum tempo que venho acompanhando com bastante atenção a evolução dos efeitos da crise no Acre, setor por setor. As informações, muitas, nos levam a crer que passaremos por um período de intensa turbulência na incipiente economia acreana.

A turbulência, chama-se “dúvida”. Digo, a “dúvida que gera desemprego”. E também a dúvida que afugenta o maior tesouro dos mercados. A coragem! A coragem indispensável para alguém investir em qualquer coisa. Se foi! Sumiu!

Em nível nacional, todos os dias aparecem economistas do governo dando as explicações devidas ao mercado e ao povo, mentem, falam a verdade, mas sempre dizem alguma coisa. A idéia é, logicamente, tornar público o que fazem para tentar afastar a dúvida e a insegurança, já que não é dela que precisamos.

No Acre, estranhamente, as coisas não são bem assim. Basta observarmos o sumiço e o silêncio da equipe econômica do governo no tocante ao avanço da depressão econômica.

É simples. Existe um débito enorme no tocante ao clima de “Acre virtual” que se criou.

Quando cai a cortina, mostra-se que a economia do Acre não é o que eles passaram anos propagandeando que seria. Agora, com a amplificação dos efeitos negativos do "dever de casa não realizado", não dá mais para esconder. Terão que debater.

A verdade é que o Acre deles vem trabalhando anos a fio com uma equipe econômica que só obedece ao “calendário eleitoral”, excluem prefeituras não aliadas, mentem na imprensa e por aí vai.

Focados unicamente em obtenção de resultados eleitorais, deixaram de solidificar as bases da economia local. Cite-se o caso da dependência em relação ao FPE. Passaram 10 anos e está tudo como sempre foi.

Pior! Ainda não se viu o governo falar em diminuir gastos.

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