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Recuperações judiciais requeridas explodem 230% no trimestre

por FinancialWeb

Segundo técnicos da Serasa, resultado evidencia as dificuldades financeiras das empresas

SÃO PAULO – O número de recuperações judiciais requeridas explodiu 230% no primeiro trimestre deste ano, tomando como base o mesmo período de 2008. Segundo o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, divulgado nesta quinta-feira (09), foram 211 ocorrências, ante 64 verificadas no ano anterior.

As recuperações judiciais deferidas também aumentaram, passando de 43 para 128 no mesmo período — um incremento de quase 200%. As recuperações judiciais concedidas, por sua vez, tiveram 21 registros nos três primeiros meses de 2009, ao passo que no acumulado de janeiro a março de 2008, houve apenas uma concessão de recuperação judicial.

Por outro lado, o número de pedidos de falência registrou queda tanto no primeiro trimestre de 2009 quanto no terceiro mês do ano, sempre com base no mesmo período de 2008: no acumulado dos três primeiros meses do ano, foram 505 pedidos, queda de 2,5% frente aos 518 requerimentos verificados no mesmo período do ano passado.

Na comparação março deste ano e março do ano passado, o recuo ficou em 5,56%, passando de 216 para 204 pedidos. Na comparação com fevereiro, quando foram feitas 177 solicitações, houve avanço de aproximadamente 15%.

“Na relação março de 2009 com março de 2008, mesmo com os indicadores de falências (requeridas e decretadas) tendo recuo, os de recuperações apresentaram avanço, evidenciando as dificuldades financeiras das empresas no ambiente da atual crise”, comentaram os técnicos da Serasa.

“O mesmo acontece na análise do primeiro trimestre, que compara dois momentos econômicos diferentes: o presente e o de crescimento no ano passado”, adicinaram.

Já na relação mensal, março ante fevereiro, os números subiram por conta da menor atividade econômica doméstica, da recessão global e da consequente queda de rentabilidade, explicaram. “Além disso fevereiro teve número de dias úteis inferior ao de março, o que se traduz em menos registros de insolvência”, disseram.






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