Gabriel Manzano Filho - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O tamanho do estrago feito pela senadora Marina Silva (PT-AC) na candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT) finalmente vem a público, em números precisos, em 4 das 81 páginas da pesquisa que o PV encomendou em julho e só nesta terça-feira, 11, foi entregue, inteiramente tabulada, pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). No confronto direto entre Marina e Dilma, em quatro cenários, a senadora perde em um, empata em outro e ganha em dois.
A primeira dessas tabelas mostra José Serra (PSDB) com 28% das preferências e Ciro Gomes (PSB) com 16%, seguidos de Dilma (14%), Heloísa Helena (PSOL) com 13% e Marina em quinto, com 10%. Na segunda, sem Heloísa, Marina sobe e empata com Dilma em 14% (Serra lidera com 30% e Ciro fica com 22%). A virada da ex-ministra do Meio Ambiente aparece quando Ciro também é tirado da disputa. Nessa hipótese, Serra sobe para 37% e Marina vence Dilma por 24% a 16%. E na última hipótese, em que Aécio entra no lugar de Serra e Ciro continua de fora, Marina aparece em primeiro lugar com 27% das intenções de voto, contra 25% do governador mineiro e 19% de Dilma.
A pesquisa, coordenada por Antonio Lavareda, foi feita por telefone entre 22 e 23 de julho e ouviu 2 mil eleitores de todo o País. A "margem de erro máxima para os totais", como define o pesquisador, é de 2,2%. Ele recorre a essa expressão porque, segundo explicou, essa margem "pode ser maior em universos menores dentro da pesquisa".
O próprio Lavareda se diz surpreso com esses resultados. "Eu e a torcida do Flamengo", afirma. O fato de ser feita por telefone, garante, não torna a consulta inferior às realizadas por outros métodos. "Veja que, nas pesquisas em domicílios, muitos moradores de apartamento ficam de fora porque o zelador não deixa entrar".
Tanto Lavareda quanto o presidente do PV, José Luiz Penna, alertam para o significado desses números: a pesquisa foi montada, primordialmente, para balizar o partido com vistas à disputa eleitoral de 2010. Mostrou, a propósito, que ele é ainda desconhecido e as grandes questões nacionais continuam sendo saúde e educação. Em uma das tabelas, o PV tem a simpatia de 1% dos eleitores consultados, num contexto em que o PT lidera com 11%, o PMDB tem 6% e o PSDB 2%.
"Os cenários eleitorais são parte dessa tarefa e mostram que nossa causa é uma forte preocupação da sociedade", observa Penna. De qualquer modo, ele se diz "feliz com a densidade eleitoral" da senadora. E, embora nem pertença ainda ao PV, Penna entende que ela "já sinalizou para o País quais são as suas esperanças".
SÃO PAULO - O tamanho do estrago feito pela senadora Marina Silva (PT-AC) na candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT) finalmente vem a público, em números precisos, em 4 das 81 páginas da pesquisa que o PV encomendou em julho e só nesta terça-feira, 11, foi entregue, inteiramente tabulada, pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). No confronto direto entre Marina e Dilma, em quatro cenários, a senadora perde em um, empata em outro e ganha em dois.
A primeira dessas tabelas mostra José Serra (PSDB) com 28% das preferências e Ciro Gomes (PSB) com 16%, seguidos de Dilma (14%), Heloísa Helena (PSOL) com 13% e Marina em quinto, com 10%. Na segunda, sem Heloísa, Marina sobe e empata com Dilma em 14% (Serra lidera com 30% e Ciro fica com 22%). A virada da ex-ministra do Meio Ambiente aparece quando Ciro também é tirado da disputa. Nessa hipótese, Serra sobe para 37% e Marina vence Dilma por 24% a 16%. E na última hipótese, em que Aécio entra no lugar de Serra e Ciro continua de fora, Marina aparece em primeiro lugar com 27% das intenções de voto, contra 25% do governador mineiro e 19% de Dilma.
A pesquisa, coordenada por Antonio Lavareda, foi feita por telefone entre 22 e 23 de julho e ouviu 2 mil eleitores de todo o País. A "margem de erro máxima para os totais", como define o pesquisador, é de 2,2%. Ele recorre a essa expressão porque, segundo explicou, essa margem "pode ser maior em universos menores dentro da pesquisa".
O próprio Lavareda se diz surpreso com esses resultados. "Eu e a torcida do Flamengo", afirma. O fato de ser feita por telefone, garante, não torna a consulta inferior às realizadas por outros métodos. "Veja que, nas pesquisas em domicílios, muitos moradores de apartamento ficam de fora porque o zelador não deixa entrar".
Tanto Lavareda quanto o presidente do PV, José Luiz Penna, alertam para o significado desses números: a pesquisa foi montada, primordialmente, para balizar o partido com vistas à disputa eleitoral de 2010. Mostrou, a propósito, que ele é ainda desconhecido e as grandes questões nacionais continuam sendo saúde e educação. Em uma das tabelas, o PV tem a simpatia de 1% dos eleitores consultados, num contexto em que o PT lidera com 11%, o PMDB tem 6% e o PSDB 2%.
"Os cenários eleitorais são parte dessa tarefa e mostram que nossa causa é uma forte preocupação da sociedade", observa Penna. De qualquer modo, ele se diz "feliz com a densidade eleitoral" da senadora. E, embora nem pertença ainda ao PV, Penna entende que ela "já sinalizou para o País quais são as suas esperanças".
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