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Bom senso






O governo do Acre já iniciou as obras de construção do novo Pronto Socorro de Rio Branco. O empreendimento custará R$ 28 milhões e será realizado pela Adinn Construções.

Todas as vezes que passo pela obra não deixo de me indignar quando vejo o antigo Pronto Socorro sendo demolido. Parece até que estamos nadando em dinheiro.

Ora, a construção que lá existe, incluindo todo o complexo, deve valer, por baixo, uns 15 milhões de reais, mas tudo está vindo a baixo.

No final, somando-se os R$ 28 milhões da obra, mais os R$ 15 milhões que estão sendo destruídos, lá se vão R$ 43 milhões.

Fica a pergunta: será que não teria sido mais razoável escolher um terreno para a construção da nova estrutura, preservando assim o que já estava pronto? Respondo: seria, claro!

O pior é que não dá para levar a questão para o judiciário, eis que choca contra o poder discricionário da administração, que tem liberdade para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo.

Enfim, são situações dessa natureza que mostram o quanto a democracia, focada na separação dos poderes, idealizada por Montesquieu, custa caro para os pobres contribuintes, mostrando que até ela, tão necessária, tem lá seus efeitos colaterais.

Bom, o poder discricionário deriva da vontade popular, mas será que o povo aprova absurdos como esse? Uma audiência pública talvez retirasse essa dúvida, mas acho que já é tarde.

Desconfio que burrices como essa até a Suiça, que realmente tem saúde primeiro mundo, jamais cometeria.

É o Acre...

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