Da EFE
Santo Domingo, 18 jan (EFE).- O presidente do Haiti, René Préval, disse hoje que a ajuda dirigida ao país deve ir além "de curar as feridas" provocadas pelo terremoto do último dia 12.
Préval reconheceu que o Haiti já atravessava uma difícil situação antes do terremoto, que a agravou, e por isso pediu à comunidade internacional para que continue com as iniciativas conduzidas em seu país a partir do tremor.
Segundo o presidente haitiano, o terremoto "é um acontecimento", e por isso "não podemos só curar as feridas do terremoto".
"Devemos reforçar as instituições, a democracia, criar empregos, tomar a frente dos milhões" de dólares destinados ao país por causa da tragédia, ressaltou Préval na abertura da cúpula "Unidos por um melhor futuro para o Haiti", convocada por seu colega dominicano, Leonel Fernández, para analisar a situação da nação caribenha.
O presidente haitiano agradeceu a rápida resposta da comunidade internacional e especialmente a Fernández, o primeiro presidente estrangeiro a visitar seu país para constatar a magnitude da tragédia.
Préval acrescentou que o difícil momento do Haiti pode ajudar a reforçar os vínculos com a República Dominicana, dois países que, em sua opinião, estão "condenados" à unidade.
República Dominicana e Haiti, que compartilham a ilha de Hispaniola, mantêm uma relação marcada por momentos de conflito derivado da presença de quase um milhão de haitianos no país vizinho, muitos deles em situação ilegal.
No entanto, "é imprescindível que superemos as diferenças do passado", disse Préval, ao argumentar que a República Dominicana continuará tendo problemas enquanto seu país tiver.
Na reunião, que será realizada no Palácio Nacional, sede do Executivo local, será preparada a Cúpula Mundial pelo Haiti, uma iniciativa da comunidade internacional para discutir a reconstrução do país.
Também estão presentes à reunião representantes de Brasil, Espanha, Estados Unidos, Canadá e de vários países da América Latina.
Além disso, participam o primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Ingraham; o de Barbados, David Thompson; e o secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, entre outros.
O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 (Brasília) da terça-feira passada e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital haitiana. Segundo declarações à Agência Efe, o primeiro-ministro do Haiti, Jean Max Bellerive, acredita que o número de mortos superará 100 mil.
O Exército brasileiro informou que pelo menos 16 militares do país que participavam da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) morreram em consequência do terremoto.
A médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, e Luiz Carlos da Costa, o segundo civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti, também morreram no tremor. EFE
Santo Domingo, 18 jan (EFE).- O presidente do Haiti, René Préval, disse hoje que a ajuda dirigida ao país deve ir além "de curar as feridas" provocadas pelo terremoto do último dia 12.
Préval reconheceu que o Haiti já atravessava uma difícil situação antes do terremoto, que a agravou, e por isso pediu à comunidade internacional para que continue com as iniciativas conduzidas em seu país a partir do tremor.
Segundo o presidente haitiano, o terremoto "é um acontecimento", e por isso "não podemos só curar as feridas do terremoto".
"Devemos reforçar as instituições, a democracia, criar empregos, tomar a frente dos milhões" de dólares destinados ao país por causa da tragédia, ressaltou Préval na abertura da cúpula "Unidos por um melhor futuro para o Haiti", convocada por seu colega dominicano, Leonel Fernández, para analisar a situação da nação caribenha.
O presidente haitiano agradeceu a rápida resposta da comunidade internacional e especialmente a Fernández, o primeiro presidente estrangeiro a visitar seu país para constatar a magnitude da tragédia.
Préval acrescentou que o difícil momento do Haiti pode ajudar a reforçar os vínculos com a República Dominicana, dois países que, em sua opinião, estão "condenados" à unidade.
República Dominicana e Haiti, que compartilham a ilha de Hispaniola, mantêm uma relação marcada por momentos de conflito derivado da presença de quase um milhão de haitianos no país vizinho, muitos deles em situação ilegal.
No entanto, "é imprescindível que superemos as diferenças do passado", disse Préval, ao argumentar que a República Dominicana continuará tendo problemas enquanto seu país tiver.
Na reunião, que será realizada no Palácio Nacional, sede do Executivo local, será preparada a Cúpula Mundial pelo Haiti, uma iniciativa da comunidade internacional para discutir a reconstrução do país.
Também estão presentes à reunião representantes de Brasil, Espanha, Estados Unidos, Canadá e de vários países da América Latina.
Além disso, participam o primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Ingraham; o de Barbados, David Thompson; e o secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, entre outros.
O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 (Brasília) da terça-feira passada e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital haitiana. Segundo declarações à Agência Efe, o primeiro-ministro do Haiti, Jean Max Bellerive, acredita que o número de mortos superará 100 mil.
O Exército brasileiro informou que pelo menos 16 militares do país que participavam da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) morreram em consequência do terremoto.
A médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, e Luiz Carlos da Costa, o segundo civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti, também morreram no tremor. EFE
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