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A História de Jó



Em Hus, terra da Arábia, vivia um homem chamado Jó, reto, justo, temente a Deus e afastado do mal. Tinha 7 filhos e 3 filhas; possuía grandes rebanhos de ovelhas, camelos, bois e jumentos, além de muitos criados.
Era homem muito considerado em todo o Oriente.Deus experimentou-o, permitindo a Satanás que lhe fizesse muito mal. Um dia, chegou um mensageiro e disse a Jó:
"Andavam os bois a lavrar e a jumentas a pastar junto deles e eis que surgiram os sabeus e os levaram. Passaram à espada os criados. Só escapei eu para vos trazer esta notícia"
Falava ainda quando chegou outro mensageiro que disse:
"Os caldeus lançaram-se sobre os camelos, levaram-nos e trucidaram todos os criados. Só escapei eu para vos trazer esta notícia".
Enquanto este falava, entrou outro mensageiro dizendo: "Os vossos filhos e filhas estavam a comer e beber em casa do irmão mais velho. De repente desencadeou-se um violento furacão vindo do deserto. Sacudida de todos os lados, a casa desabou sobre eles e esmagou a todos. Só eu escapei para vos anunciar esta triste notícia".
Então Jó levantou-se, rasgou as vestes e, raspada a cabeça, prostrou-se por terra e adorou o Senhor, dizendo:
"O Senhor deu, o Senhor tirou. Como foi do agrado do Senhor, assim se sucedeu. Bendito seja o nome do Senhor!".
Jó não pecou em nenhuma destas coisas, nem pronunciou nenhuma palavra insensata contra Deus.
Satanás foi então ferir Jó com uma lepra horrível, que o cobriu desde a planta dos pés até ao alto da cabeça. E Jó tirava o pus de suas úlceras com um pedaço de telha.
Dizia-lhe a mulher:
" Ainda estás firme na tua piedade?".
Ele respondia:
"Falas como mulher insensata. Se recebemos os bens da mão de Deus, por que não receberemos também os males?".
Alguns amigos de Jó ousaram afirmar que Deus o castigava por causa dos seus pecados. Mas Jó disse: "Ainda que Deus me matasse, confiaria sempre nele. Eu sei que o meu Redentor vive e que no último dia ressurgirei da terra; serei novamente revestido do meu corpo e na minha carne verei o meu Deus. Sim, eu mesmo o verei e os meus olhos o hão de contemplá-lo. Esta esperança repousa no meu coração".
Deus restituiu o dobro de tudo que ele possuía. Deu-lhe também sete filhas e três filhos. Jó viveu ainda 140 anos e viu os filhos dos seus filhos até a quarta geração.
Duas coisas definiam Jó: Integridade e justiça. Jó entendia a supremacia do valor divino chamado: JUSTIÇA!
Jó foi um “anjo de luz” temente a Deus. De sua boca não saia o mal, apesar de ter sido um homem rico.
Jó era um homem que entendia claramente que a riqueza material caminha pela estrada que leva ao destino final dos ímpios. Era um homem de grande sabedoria. Sua história nos ensina a lição da medida da justiça. Rigor, mas na “sabedoria da justiça”.
Assim Deus se manifestou sobre Jó:
-Jó era um homem íntegro e temia a mim.
Na justiça de Deus Jó adquiriu status de “Irrepreensível”.
Deus quer que cada um de nós analise, com o melhor dos nossos corações, o conteúdo dessa mensagem, fruto da sabedoria divina, da inspiração maior, das luzes na consciência e da reconciliação que fazemos com o criador, que nunca nos abandona, mas sabe dá a justiça na medida exata de cada um.
Jó ao perder tudo, não culpou a Deus. Ao contrário, o louvou, reconhecendo o poder do criador. Poder de dar e de tirar. Jô teve e perdeu, e reconheceu sua culpa, não abandonou sua fé no bem e foi salvo pela bondade da justiça infalível de Deus.
Vejam como Jó se comportou quando chegaram as tempestades de ruínas.
-Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O senhor deu, o senhor o levou. Louvado seja o nome do senhor.
Deus o puniu na medida exata da severidade sábia, com a brandura da sua natureza, que ele dá para que todos possamos evoluir espiritualmente.
Jó nunca culpou Deus. Em momento algum ele fez isso. Jó sabia o tamanho da sua culpa, admitiu, evoluiu, e hoje está bem perto da luz do mundo.
Na justiça de Jó o inocente não perecia. Mas aquele que semeia a maldade, o mal colherá. Serão alvos do sopro de Deus e sentirão o vento da sua ira.
“Feliz o homem a quem Deus corrige". Não devemos desprezar a disciplina de Deus.
Deus fere, machuca, mas trata do ferido. Suas mãos também curam!







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