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Internacionalização pacífica


O Presidente Lula criou na última sexta-feira o Fundo Amazônia. A missão principal do fundo é a captação de recursos externos, de países poluidores, para investimentos em ações de preservação da Amazônia.

Consiste numa espécie de remuneração que os países ricos, de boa vontade é claro, irão enviar para o Brasil bancar o papel de zelador do imenso condomínio da maior biodiversidade do planeta.

Esse decreto, junto com a Lei de Concessão de Florestas Públicas, representam os instrumentos centrais do arcabouço jurídico necessário para, de forma sutil, fazer a entrega da Amazônia, pela via institucional, ao controle das grandes potências mundiais.

Convenhamos! Ninguém manda 100 milhões de dólares assim, de mão-beijada, ou por um mundo melhor, como fez a Noruega ao inaugurar o fundo. A lógica do capital continua sendo a de sempre: aquele que paga é o mesmo que manda!

As ONGs ambientalistas, por sua vez, parece que aceitaram bem a proposta. Nem espernearam como normalmente fazem.

As razões de tal aceite, de tão óbvias, não precisam nem ser ditas. Afinal, boa parte dos recursos serão extraviados por elas mesmas nessas parcerias feitas com o poder público, via de regra, sem muito controle.

A esse respeito o conteúdo crítico do Livro A Máfia Verde cai como uma luva.

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