Pular para o conteúdo principal

Obra do Pronto Socorro do 2º Distrito continua parada

O governo do Acre ainda não sabe o que fazer com o que restou da obra do Pronto Socorro do 2º Distrito, embargada a pedido do Ministério Público Estadual.

A obra está parada a mais de um ano, em decorrência da intervenção da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, que entendeu que o hospital não poderia ser construído nas proximidades do Igarapé Almoço, um dos principais mananciais de água doce de Rio Branco.

A situação tem preocupado os ambientalistas, devido o risco do hospital vir a contaminar, mais ainda, os lençois freáticos da região, e assim comprometer os enormes depósitos de água subterrânea encontrados no 2ºdistrito, já reconhecidos cientificamente como os maiores da cidade.

No local não há rede de esgoto e os dejetos hospitalares, fatalmente, seriam lançados in natura no igarapé, assim como está ocorrendo atualmente com todo o esgoto domiciliar do Residencial Villacre, localizado na Vila Acre.

Segundo consta em relação ao residencial Villacre, em especial, apesar do governo ter recebido recursos da Caixa Econômica Federal, através do PAR (Programa de Arrendamento Residencial), para aconstrução de mini-estações de tratamento de esgoto, como é exigênciada própria caixa para o financiamento desse tipo de empreendimento, o mesmo não conta com tal estrutura e também não se sabe o destino que foi dado aos recursos liberados e, não aplicados.

Em fevereiro deste ano o governo chegou a noticiar que aproveitaria oespaço já construído do Pronto Socorro para a construção de uma rodoviária internacional. O secretário de obras do município afirmou na época que o projeto já estava completamente pronto e que as obras teriam início já no segundo semestre deste ano. Até o momento não há nenhuma movimentação no local que justifique as afirmativas do secretário.

Por outro lado, a população do segundo distrito, através de diversas associações de moradores, promete se mobilizar para exigir do governo a retomada das obras, mesmo que em outro local.

Edinei Muniz

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Astronomia: Milhares de cometas escuros podem colidir com a Terra

Da Lusa - Agência de Notícias de Portugal Londres, (Lusa) - Milhares de cometas que circulam no sistema solar podem ser um perigo para a Terra, por serem indetectáveis, o que dificulta a antecipação de um eventual impacto, alertaram quarta-feira vários astrónomos britânicos. São cerca de três mil os cometas que circulam no sistema solar e apenas 25 podem ser avistados a partir da Terra, lê-se no artigo da revista "New Scientist", assinado por Bill Napier, da Universidade de Cardiff, e por David Asher, astrónomo do Observatório da Irlanda do Norte. "Devemos alertar para o perigo invisível mas significativo que são os cometas escuros", dizem os astronómos, explicando que um cometa fica escuro quando perde a cola brilhante. Desprovido desta substância, "o trajecto de um cometa que esteja em rota de colisão com o planeta Terra pode passar despercebido ao telescópio", afirmam Napier e Asher. Nos últimos séculos, o cometa de que há registo de ter passado mais pr

Os Farrapos dos olhos azuis

Cláudio Ribeiro - Demitri Túlio, do Jornal O Povo, de Fortaleza A íris clara, azulzíssima em muitos deles, é a digital do povo Farrapo. Também é da identidade a pele branca avermelhada, carimbada pelo sol forte que não cessa em Sobral. Isso mais entre os que vivem na zona rural. Gostam de exaltar o sobrenome. É forte. Farrapo não é apelido. Não são uma etnia, mas são tratados assim. São “da raça dos Farrapos”, como nos disse quem os indicou a procurá-los. Os Farrapos têm história a ser contada. Praticaram a endogamia por muito tempo. Casamentos em família, entre primos, mais gente do olho azul de céu que foi nascendo e esticando a linhagem. Sempre gostaram de negociar, trocar coisa velha. São um pouco reclusos. Vivem sob reminiscências de judaísmo. Há estudo disso, mas muito ainda a ser (re)descoberto. Os Farrapos são citados, por exemplo, no livro do padre João Mendes Lira, Presença dos Judeus em Sobral e Circunvizinhanças e a Dinamização da Economia Sobralense em Função do Capital Ju

Erros judiciários: Caso Mignonette - Estado de necessidade

A 5 de Julho de 1884 naufragou o iate inglês La Mignonette. Depois de vários dias no mar, o imediato, que era o mais jovem de todos, foi morto pelos companheiros, que mais tarde alegaram estado de necessidade perante o júri. Sustentaram que não teriam sobrevivido caso não se utilizassem do cadáver para matar a fome. O júri deu um "veredicto especial", reconhecendo apenas a matéria de fato, mas deixando a questão jurídica para que a corte superior decidisse. Lord Coleridge, um dos juízes superiores, disse, entre outras considerações, o seguinte: Conservar a própria vida é, falando em geral, um dever: mas sacrificá-la pode ser o mais claro e alto dever. A necessidade moral impõe deveres dirigidos não à conservação mas ao sacrifício da sua vida pelos outros. Não é justo dizer que há uma incondicionada e ilimitada necessidade de conservar a própria vida. Necesse est ut eam, non ut viram (é necessário que eu caminhe, não que eu viva) disse Lord Bacon. Quem deve julgar o estado de