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No bastidor, PT já discute apoiar Sarney no Senado

Da Agência Estado

Preocupados com a governabilidade e com a reedição da aliança com o PMDB, desta vez para a eleição presidencial de 2010, dirigentes do PT já admitem reservadamente a possibilidade de o partido apoiar o senador José Sarney (PMDB-AP) ao comando do Senado, caso a candidatura de Tião Viana (PT-AC) não decole até janeiro. A idéia é discutida tanto no Congresso como no Palácio do Planalto, diante da constatação das dificuldades enfrentadas por Viana, embora o discurso oficial seja de que o governo e o PT não aceitam o PMDB na presidência da Câmara e do Senado.

O maior receio do Planalto, atualmente, não é ver Sarney na presidência do Senado a partir de fevereiro de 2009 - quando ocorre a sucessão no Congresso -, mas, sim, assistir a uma revolta da base aliada contra a possibilidade de conferir poder demasiado ao PMDB. O governo teme que, se Sarney conquistar o comando do Senado, os partidos dêem o troco na Câmara, liquidando a candidatura de Michel Temer (PMDB-SP). A ordem é evitar curto-circuito e fazer "campanha ostensiva" para Temer, que é presidente do PMDB.

Na leitura política do governo e da cúpula do PT, uma derrota de Temer seria debitada na conta do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aproximaria fatia considerável do PMDB dos tucanos e dificultaria a montagem da aliança com a legenda, daqui a dois anos. O plano de Lula, até agora, é ter o PMDB como vice de uma chapa encabeçada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sua sucessão.

"Se o PT não cuidar dessa aliança com o PMDB para 2010, vai pavimentar o caminho para a derrota", afirmou o deputado José Guimarães (PT-CE). "Defendo até a retirada da candidatura do Tião, em nome de uma questão maior, mas não podemos fazer acordo em cima do nada: precisamos pactuar com o PMDB o apoio ao PT para a sucessão do presidente Lula."

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