Pular para o conteúdo principal

Gaza: comunicado de patriarcas e responsáveis de Igrejas em Jerusalém

Zenite - Roma

JERUSALÉM, quarta-feira, 7 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos o comunicado que os patriarcas e responsáveis de Igrejas em Jerusalém emitiram no dia 30 de dezembro, diante da situação em Gaza.

Nós, patriarcas, bispos e responsáveis de Igrejas cristãs em Jerusalém, seguimos com profundo interesse, pesar e comoção a guerra que se desatou na Faixa de Gaza e a subsequente destruição, assassinatos e derramamento de sangue, especialmente em um período em que celebramos o Natal, o nascimento do Rei do amor e da paz.

Ao mesmo tempo que expressamos nossa profunda tristeza por este novo ciclo de violência entre israelenses e palestinos, e a continuada ausência de paz em nossa Terra Santa, denunciamos as persistentes hostilidades na Faixa de Gaza e toda forma de violência, assassinato, em todas as partes. Cremos que continuar com este derramamento de sangue e de violência não conduzirá à paz e à justiça, mas despertará mais ódio e hostilidades, e, ainda mais, provocará uma contínua confrontação entre os dois povos.

Por conseguinte, fazemos um apelo aos chefes de ambas as partes do conflito para que voltem à sensatez e cessem os ataques violentos, que só trazem destruição e tragédia. Apelamos a que se trabalhe para resolver suas diferenças através de meios pacíficos e não-violentos.

Também fazemos um apelo à comunidade internacional para que cumpra com suas responsabilidades e intervenha imediatamente, que pare de forma ativa o derramamento de sangue e ponha fim a toda forma de confronto; que atue de maneira forte e clara para que termine o presente confronto e se atue sobre as causas do conflito entre os dois povos; para que finalmente se resolva o conflito israelense-palestino através de uma solução justa e global baseada nas resoluções internacionais.

Às diversas facções palestinas, dizemos: é hora de acabar com vossa divisão e de solucionar vossas diferenças. Chamamos todas as facções nesta hora crucial a pôr os interesses do povo palestino acima dos interesses pessoais ou de facção, e de avançar de forma imediata para uma reconciliação nacional conjunta e a usar todos os meios não-violentos para alcançar uma paz justa e completa na região.

Finalmente, elevamos nossas orações ao Menino do presépio para que inspire as autoridades e os que podem decidir de ambas partes, israelenses e palestinos, para que atuem de forma imediata para que encerre a trágica situação atual na Faixa de Gaza. Oramos pelas vítimas, os feridos e os que estão cheios de angústia. Que o Senhor Deus Todo Poderoso conceda consolo e paciência a todos os que perderam seus entes queridos. Oramos por todos os que têm de viver no pânico e no medo, para que Deus os abençoe com a calma, a tranquilidade e a verdadeira paz.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Astronomia: Milhares de cometas escuros podem colidir com a Terra

Da Lusa - Agência de Notícias de Portugal Londres, (Lusa) - Milhares de cometas que circulam no sistema solar podem ser um perigo para a Terra, por serem indetectáveis, o que dificulta a antecipação de um eventual impacto, alertaram quarta-feira vários astrónomos britânicos. São cerca de três mil os cometas que circulam no sistema solar e apenas 25 podem ser avistados a partir da Terra, lê-se no artigo da revista "New Scientist", assinado por Bill Napier, da Universidade de Cardiff, e por David Asher, astrónomo do Observatório da Irlanda do Norte. "Devemos alertar para o perigo invisível mas significativo que são os cometas escuros", dizem os astronómos, explicando que um cometa fica escuro quando perde a cola brilhante. Desprovido desta substância, "o trajecto de um cometa que esteja em rota de colisão com o planeta Terra pode passar despercebido ao telescópio", afirmam Napier e Asher. Nos últimos séculos, o cometa de que há registo de ter passado mais pr

Os Farrapos dos olhos azuis

Cláudio Ribeiro - Demitri Túlio, do Jornal O Povo, de Fortaleza A íris clara, azulzíssima em muitos deles, é a digital do povo Farrapo. Também é da identidade a pele branca avermelhada, carimbada pelo sol forte que não cessa em Sobral. Isso mais entre os que vivem na zona rural. Gostam de exaltar o sobrenome. É forte. Farrapo não é apelido. Não são uma etnia, mas são tratados assim. São “da raça dos Farrapos”, como nos disse quem os indicou a procurá-los. Os Farrapos têm história a ser contada. Praticaram a endogamia por muito tempo. Casamentos em família, entre primos, mais gente do olho azul de céu que foi nascendo e esticando a linhagem. Sempre gostaram de negociar, trocar coisa velha. São um pouco reclusos. Vivem sob reminiscências de judaísmo. Há estudo disso, mas muito ainda a ser (re)descoberto. Os Farrapos são citados, por exemplo, no livro do padre João Mendes Lira, Presença dos Judeus em Sobral e Circunvizinhanças e a Dinamização da Economia Sobralense em Função do Capital Ju

Erros judiciários: Caso Mignonette - Estado de necessidade

A 5 de Julho de 1884 naufragou o iate inglês La Mignonette. Depois de vários dias no mar, o imediato, que era o mais jovem de todos, foi morto pelos companheiros, que mais tarde alegaram estado de necessidade perante o júri. Sustentaram que não teriam sobrevivido caso não se utilizassem do cadáver para matar a fome. O júri deu um "veredicto especial", reconhecendo apenas a matéria de fato, mas deixando a questão jurídica para que a corte superior decidisse. Lord Coleridge, um dos juízes superiores, disse, entre outras considerações, o seguinte: Conservar a própria vida é, falando em geral, um dever: mas sacrificá-la pode ser o mais claro e alto dever. A necessidade moral impõe deveres dirigidos não à conservação mas ao sacrifício da sua vida pelos outros. Não é justo dizer que há uma incondicionada e ilimitada necessidade de conservar a própria vida. Necesse est ut eam, non ut viram (é necessário que eu caminhe, não que eu viva) disse Lord Bacon. Quem deve julgar o estado de