Do blog do Gilvan
Quando penso que os lobos-em-pele-de-cordeiro da mídia, que se aproveitaram de forma criminosa da ditadura militar no Brasil para formar grandes impérios, já estão respeitando mais o povo brasileiro, reaparece um dos beneficiados tentando maquiar as atrocidades acontecidas naquele período.
Todo brasileiro medianamente informado sabe que vivemos, entre 1964 e 1985, um período negro para a liberdade de expressão, direitos humanos e democracia. Além disso, no livro "Direito à Memória e à Verdade", produzido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, e lançado recentemente, o Estado brasileiro já assumiu que a repressão política decapitou, esquartejou, estuprou, torturou e ocultou cadáveres, entre outros atos cruéis, de opositores da ditadura que já estavam presos e que não tinham como reagir. Mesmo assim há os que querem “apagar” acontecimentos históricos, na tentativa de reescrevê-los sob a ótica dos vencedores.
No papel de um cidadão que não aceita qualquer forma de restrição às liberdades democráticas já conquistadas pelo povo brasileiro, é que divulgo o artigo “Intelectuais lançam manifesto de repúdio à Folha de São Paulo”, publicado pela Agência Carta Maior, em 23 de fevereiro de 2009.
Quando penso que os lobos-em-pele-de-cordeiro da mídia, que se aproveitaram de forma criminosa da ditadura militar no Brasil para formar grandes impérios, já estão respeitando mais o povo brasileiro, reaparece um dos beneficiados tentando maquiar as atrocidades acontecidas naquele período.
Todo brasileiro medianamente informado sabe que vivemos, entre 1964 e 1985, um período negro para a liberdade de expressão, direitos humanos e democracia. Além disso, no livro "Direito à Memória e à Verdade", produzido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, e lançado recentemente, o Estado brasileiro já assumiu que a repressão política decapitou, esquartejou, estuprou, torturou e ocultou cadáveres, entre outros atos cruéis, de opositores da ditadura que já estavam presos e que não tinham como reagir. Mesmo assim há os que querem “apagar” acontecimentos históricos, na tentativa de reescrevê-los sob a ótica dos vencedores.
No papel de um cidadão que não aceita qualquer forma de restrição às liberdades democráticas já conquistadas pelo povo brasileiro, é que divulgo o artigo “Intelectuais lançam manifesto de repúdio à Folha de São Paulo”, publicado pela Agência Carta Maior, em 23 de fevereiro de 2009.
Veja a notícia:
Intelectuais lançam manifesto de repúdio à Folha de S.Paulo
SÃO PAULO - Um grupo de intelectuais lançou sábado (21) um abaixo-assinado na internet em repúdio à Folha de S.Paulo. O manifesto protesta contra um editorial publicado quatro dias antes pelo jornal, que relativiza as atrocidades da ditadura militar (1964-1985) e classifica o período como "ditabranda".O texto condena "o estelionato semântico manifesto pelo neologismo 'ditabranda' e, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pos-1964". Segundo os signatários do manifesto, "a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do pais".
Outra motivação do abaixo-assinado foi prestar solidariedade aos professores acadêmicos Maria Victória de Mesquita Benevides e Fabio Konder Comparato, cuja legítima indignação ao editorial foi tachada de "cínica" e "mentirosa" pela Folha. "Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro", diz o texto.
A íntegra do manifesto é a seguinte:
REPÚDIO E SOLIDARIEDADE
"Ante a viva lembrança da dura e permanente violência desencadeada pelo regime militar de 1964, os abaixo-assinados manifestam seu mais firme e veemente repúdio à arbitrária e inverídica “revisão histórica” contida no editorial da Folha de S. Paulo do dia 17 de fevereiro último. Ao denominar “ditabranda” o regime político vigente no Brasil de 1964 a 1985, a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do país.
Intelectuais lançam manifesto de repúdio à Folha de S.Paulo
SÃO PAULO - Um grupo de intelectuais lançou sábado (21) um abaixo-assinado na internet em repúdio à Folha de S.Paulo. O manifesto protesta contra um editorial publicado quatro dias antes pelo jornal, que relativiza as atrocidades da ditadura militar (1964-1985) e classifica o período como "ditabranda".O texto condena "o estelionato semântico manifesto pelo neologismo 'ditabranda' e, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pos-1964". Segundo os signatários do manifesto, "a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do pais".
Outra motivação do abaixo-assinado foi prestar solidariedade aos professores acadêmicos Maria Victória de Mesquita Benevides e Fabio Konder Comparato, cuja legítima indignação ao editorial foi tachada de "cínica" e "mentirosa" pela Folha. "Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro", diz o texto.
A íntegra do manifesto é a seguinte:
REPÚDIO E SOLIDARIEDADE
"Ante a viva lembrança da dura e permanente violência desencadeada pelo regime militar de 1964, os abaixo-assinados manifestam seu mais firme e veemente repúdio à arbitrária e inverídica “revisão histórica” contida no editorial da Folha de S. Paulo do dia 17 de fevereiro último. Ao denominar “ditabranda” o regime político vigente no Brasil de 1964 a 1985, a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do país.
Perseguições, prisões iníquas, torturas, assassinatos, suicídios forjados e execuções sumárias foram crimes corriqueiramente praticados pela ditadura militar no período mais longo e sombrio da história política brasileira. O estelionato semântico manifesto pelo neologismo “ditabranda” é, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pós-1964. Repudiamos, de forma igualmente firme e contundente, a “Nota de redação”, publicada pelo jornal em 20 de fevereiro (p. 3) em resposta às cartas enviadas à seção “Painel do Leitor” pelos professores Maria Victoria de Mesquita Benevides e Fábio Konder Comparato. Sem razões ou argumentos, a Folha de S. Paulo perpetrou ataques ignominiosos, arbitrários e irresponsáveis à atuação desses dois combativos acadêmicos e intelectuais brasileiros. Assim, vimos manifestar-lhes nosso irrestrito apoio e solidariedade ante às insólitas críticas pessoais e políticas contidas na infamante nota da direção editorial do jornal. Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro".
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