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Satélite fotografa cometa Lulin a caminho da Terra


Estadão

SÃO PAULO - O Observatório de Raios Gama Swift, da Nasa, está monitorando o cometa Lulin, que atingirá aproximação máxima da Terra na próxima terça-feira, 24. Pela primeira vez, os astrônomos têm acesso a imagens do cometa nas faixas ultravioleta e de raios X.

"Não conseguiremos mandar uma sonda ao cometa Lulin, mas o Swift nos está dando parte da informação que obteríamos de uma missão assim", disse, em nota, Jenny Carter, da Universidade de Leicester, que lidera o estudo. "O cometa está liberando uma grande quantia de gás, o que o torna ideal para observações de raios X", diz outro pesquisador da Leicester, Andrew Read.

Cometas são aglomerados de gás congelado e poeira. Essas "bolas de neve suja" emitam gases sempre que se aventuram mais perto do Sol. Conhecido oficialmente como C/2007 N3, o Lulin foi descoberto por astrônomos do observatório de Lulin, em Taiwan. Atualmente, ele é fracamente visível no céu noturno, desde que observado de um lugar isolado da poluição luminosa das grandes cidades. Astrônomos recomendam o uso de um bom binóculo.

Na cidade de São Paulo, no dia 26, o professor Oscar Matsuura, da USP, fará palestra no planetário de São Paulo sobre cometas. A palestra será seguida por observações do Lulin com telescópio, se o tempo ajudar.

Em 28 de janeiro, o Swift apontou seus instrumentos de ultravioleta e raios X para o cometa. "Ele está bem ativo", disse o pesquisador Dennis Bodewits, da Nasa. "Os dados mostram que o Lulin está eliminando cerca de 800 galões de água por segundo". Segundo a agência espacial, isso é suficiente para encher uma piscina olímpica em menos de 15 minutos.

O Swift não consegue enxergar água diretamente, mas a luz ultravioleta quebra as moléculas de água em átomos de hidrogênio e hidroxilas (grupos de um átomo de hidrogênio e um de oxigênio). O Swift é capaz de detectar a hidroxila, e as imagens do Lulin revelam uma nuvem que cobre quase 400 mil quilômetros, ou pouco mais que a distância entre a Terra e a Lua.

Mais longe do cometa, até as hidroxilas se quebram em átomos individuais. "O vento solar, o fluxo de partículas emitido pelo Sol, interage com essa nuvem expandida de átomos cometa, e isso provoca emissão de raios X, que o Swift vê", diz o cientista Stefan Immler, também da Nasa.

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