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O coadjuvante Binho


Edinei Muniz

O governador Binho Marques, que raramente fala em púbico, hoje resolveu publicar um artigo. O texto foi dedicado aos “heróis do PT” e à falácia do suposto sucesso do projeto que conseguiu, segundo dados oficiais, ampliar destacadamente a miséria no estado, mesmo tendo recebido o maior aporte de recursos públicos de toda a história do Acre.

O tal artigo é o que se pode chamar de rasgação de seda em forma poética. Parece rasgação. Apenas parece.

Ao que tudo indica, o governador escreveu tal artigo para tentar se livrar dos assédios do próprio Tião Viana, que assiste, preocupado, e com seu nome sendo destruído em Brasília, crescer a tese de 2º. mandato para Binho.

Binho, esperto, sabe que precisa vez por outra rasgar a seda, já que o grande articulador da vinda de recursos para o Acre é próprio Tião Viana. Se não fizer, complica a governabilidade, pois, sem Tião, pouca coisa acontece, já que o restante da bancada, por falta de habilidade política, restringe-se à cota de cada um no orçamento, através de emendas individuais.

O artigo de Binho, bem escrito por sinal, pelo menos não faz cair aquela velha chuva comparativa de sempre, como se só eles fossem os tais. Binho já sabe que a tática da comparação não cola mais. A comparação agora é eles com eles mesmos, no caso, entre ele e Jorge Viana.

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