Estadão
O comércio de produtos agrícolas para cima de Manoel Urbano, onde começa propriamente o Alto Purus, ainda é muito tímido. O domínio administrativo do município, para ter uma ideia, se estende até a foz do rio Chandless, cerca de 300 km acima, onde começa o domínio de Santa Rosa do Purus, cidade de 4 mil habitantes na fronteira com o Peru, outros 300 km acima. No trecho que vai até o Chandless, os ribeirinhos do Purus são na maioria caboclos que um dia viveram da seringa e hoje cultivam arroz, mandioca, milho, eventualmente gado e frutas como a banana para sobreviver – e vender o pequeno excedente.
É o que fazem os ribeirinhos próximos de uma localidade chamada Silêncio de Cima, antes ainda de Manoel Urbano. Com dificuldade para saber os nomes dos filhos ou responder se estão no no Amazonas (o correto) ou no Acre, eles vivem isolados quase o tempo todo. Comem carnes de caça (cotias, tatus, pacas, jabutis) e de criação (galinhas, porcos), peixes (mandi), frutas (como a cajarana que nos ofertam), de vez em quando compram carne de boi do vizinho. Logo que chegamos, Miguel Dias da Silva exibe a pele esticada de um maracajá, um gato selvagem que havia sido morto pelo cão perdigueiro no dia anterior. Eles exibem também um pequeno televisor, que acessam por parabólica com energia solar, equipamento que lhes custou cerca de R$ 1.000. Um dos familiares está anêmico e perdeu o movimento de um dos braços, mas não foi ao médico diagnosticar se teve um derrame ou algo semelhante.
É o que fazem os ribeirinhos próximos de uma localidade chamada Silêncio de Cima, antes ainda de Manoel Urbano. Com dificuldade para saber os nomes dos filhos ou responder se estão no no Amazonas (o correto) ou no Acre, eles vivem isolados quase o tempo todo. Comem carnes de caça (cotias, tatus, pacas, jabutis) e de criação (galinhas, porcos), peixes (mandi), frutas (como a cajarana que nos ofertam), de vez em quando compram carne de boi do vizinho. Logo que chegamos, Miguel Dias da Silva exibe a pele esticada de um maracajá, um gato selvagem que havia sido morto pelo cão perdigueiro no dia anterior. Eles exibem também um pequeno televisor, que acessam por parabólica com energia solar, equipamento que lhes custou cerca de R$ 1.000. Um dos familiares está anêmico e perdeu o movimento de um dos braços, mas não foi ao médico diagnosticar se teve um derrame ou algo semelhante.
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