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Problema de gerência



Edinei Muniz

O corregedor nacional de Justiça do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ministro Gilson Dipp, afirmou há alguns dias atrás que o principal entrave do Judiciário brasileiro é a falta de gestão. Para ele, muitos tribunais se queixam da falta de recursos, mas o grande problema seria a má administração.

Ontem, o Poder Judiciário acreano deu um exemplo que se aproxima da crítica do CNJ. A Vara do Tribunal do Júri, em flagrante estado de falência, resolveu realizar julgamento de réu foragido, consumindo um tempo precioso que poderia ter sido dedicado a réus presos.

É bem certo que a nova lei autoriza a realização de julgamentos dessa natureza, mas, é bem certo também que, de acordo com alterações recentes do Código de Processo Penal, art. 429, inciso I, "salvo motivo relevante que autorize alteração na ordem dos julgamentos", terá preferência o julgamento de "reú preso". No Acre, mais de 50% da população carcerária é composta de presos provisórios, situação que gera enormes injustiças, já que favorecem o ilegal cumprimento antecipado da pena.

Com efeito, existem atualmente mais de 1.500 processos na Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco prontos para serem levados a julgamento em plenário. Em média, 200 processos são julgados por ano no tribunal.
Já se especula a criação de uma nova vara para atendimento da demanda da capital.

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