Pular para o conteúdo principal

Prova de fogo


Texto extraído da Rádio Evangélica

Um ferreiro, depois de viver toda a sua vida entregue à libertinagem, decidiu servir a Deus. Ele passou a viver em função da sua fé, trabalhando com afinco na obra do Senhor. Sua situação pessoal, entretanto, ia de mal a pior, a ponto de um amigo lhe falar:

- É realmente estranho que, justamente depois de você ter-se tornado crente, as dificuldades em sua vida aumentaram. Eu não pretendo enfraquecer sua fé, mas, honestamente falando, nada melhorou para você.

O ferreiro não respondeu imediatamente, mas pediu a Deus entendimento do assunto, pois queria uma resposta, para si e para seu amigo. E a resposta veio, exatamente quando seu amigo voltou a visitá-lo e o observava enquanto malhava o ferro.

- O aço chega às minhas mãos ainda não trabalhado e eu preciso transformá-lo na ferramenta desejada.

- Primeiro, eu o aqueço a uma temperatura muito alta. Em seguida, sem qualquer piedade, pego o martelo mais pesado e aplico vários golpes nele, até que comece a adquirir a forma planejada. Depois o mergulho rapidamente em um tanque de água fria e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir este processo até conseguir o formato final, pois apenas uma vez não é suficiente.

- Às vezes, o aço não agüenta esse tratamento e fica todo rachado. É reprovado e eu o coloco no monte de ferro velho que você viu na entrada da loja.

- Sei que Deus está me provando com fogo. Não é fácil, mas tenho aceitado as Suas marteladas, pois sei que Deus está me moldando. Só lhe peço que jamais desista de mim, até que eu consiga tomar a forma que Ele espera de mim, pois não quero ser colocado no monte de ferro velho da alma.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os Farrapos dos olhos azuis

Cláudio Ribeiro - Demitri Túlio, do Jornal O Povo, de Fortaleza A íris clara, azulzíssima em muitos deles, é a digital do povo Farrapo. Também é da identidade a pele branca avermelhada, carimbada pelo sol forte que não cessa em Sobral. Isso mais entre os que vivem na zona rural. Gostam de exaltar o sobrenome. É forte. Farrapo não é apelido. Não são uma etnia, mas são tratados assim. São “da raça dos Farrapos”, como nos disse quem os indicou a procurá-los. Os Farrapos têm história a ser contada. Praticaram a endogamia por muito tempo. Casamentos em família, entre primos, mais gente do olho azul de céu que foi nascendo e esticando a linhagem. Sempre gostaram de negociar, trocar coisa velha. São um pouco reclusos. Vivem sob reminiscências de judaísmo. Há estudo disso, mas muito ainda a ser (re)descoberto. Os Farrapos são citados, por exemplo, no livro do padre João Mendes Lira, Presença dos Judeus em Sobral e Circunvizinhanças e a Dinamização da Economia Sobralense em Função do Capital Ju...

Erros judiciários: Caso Mignonette - Estado de necessidade

A 5 de Julho de 1884 naufragou o iate inglês La Mignonette. Depois de vários dias no mar, o imediato, que era o mais jovem de todos, foi morto pelos companheiros, que mais tarde alegaram estado de necessidade perante o júri. Sustentaram que não teriam sobrevivido caso não se utilizassem do cadáver para matar a fome. O júri deu um "veredicto especial", reconhecendo apenas a matéria de fato, mas deixando a questão jurídica para que a corte superior decidisse. Lord Coleridge, um dos juízes superiores, disse, entre outras considerações, o seguinte: Conservar a própria vida é, falando em geral, um dever: mas sacrificá-la pode ser o mais claro e alto dever. A necessidade moral impõe deveres dirigidos não à conservação mas ao sacrifício da sua vida pelos outros. Não é justo dizer que há uma incondicionada e ilimitada necessidade de conservar a própria vida. Necesse est ut eam, non ut viram (é necessário que eu caminhe, não que eu viva) disse Lord Bacon. Quem deve julgar o estado de ...

REPONDO A VERDADE SOBRE O ACRECAP LEGAL

A APLUB CAPITALIZAÇÃO, responsável pelo ACRECAP LEGAL, publicou nota no Jornal A GAZETA, edição de sábado, rebatendo as denúncias de que estaria praticando jogo de azar e se apropriando do resgate dos referidos títulos de capitalização. Em homenagem à verdade, façamos alguns reparos. Diz a APLUB que comercializa o título de capitalização, ACRECAP LEGAL, mediante a aprovação, junto à Superintendência de Seguro Privado (SUSEP), dos Processos nº 15414.200276/2010-81 e 15414.003023/2009-28, Ora, convenhamos, o fato da APLUB CAPITALIZAÇÃO ter obtido, após procedimento administrativo regular, junto à Superintendência de Seguros Privados,  autorização para a emissão e a comercialização de títulos de capitalização, não é o cerne do problema. O Problema está em sabermos se a atuação da referida empresa em relação ao ACRECAP LEGAL tem obervado os ditames legais. Ou seja: o problema é o que a APLUB faz com a autorização da SUSEP e não a autorização em si. Infelizmente, o que vem f...