Da Folha da S.Paulo
O que sabemos dessa história, até agora:
Que Lula deu R$ 20 mi para a (OIM) organização Internacional para as Migrações, para indenizar famílias acreanas que aceitarem sair da zona de fronteira para morar no interior da Bolívia, pois Evo está promovendo um êxodo interno na região, criando assentamentos de cocaleiros, com vista a influenciar nas eleições do final de ano. Na foto: cocaleiros que farão a segurança do encontro de Lula com Evo Morales.
Sabemos que a OIM, segundo Walter Prado (PSB), da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Acre, está usando da força para tirar os brasileiros de suas propriedades.
Sabemos que os brasileiros que retornarem ao Brasil até o final do ano não receberão indenização pelas benfeitorias, só receberão ajuda os que toparem se mudar para os cafundós da Bolívia.
Sabemos que Lula ao dar empréstimo para essa estrada na região cocaleira, reduto de Evo, na verdade está fazendo campanha eleitoral para o companheiro, às nossas expensas. Essa região, segundo a matéria da Folha, publicada abaixo, é o epicentro da produção de cocaína da Bolívia, o maior fornecedor da droga ao Brasil.
Sabemos que, caso Evo consiga arrancar os R$ 300 mi de Lula, pela alegada dívida da Petrobrás, isto, será praticamente seu coroamento na eleição em dezembro.
Sabemos que Lula odeia o Brasil. Por Arthur/Gabriela
MORALES RECEBE LULA EM POLO PRODUTOR DE COCA
Chefe de força antinarcótico boliviana diz que "se pode especular que produção do Chapare obviamente é destinada ao narcotráfico".
Em todo o Chapare, na região central da Bolívia, sobram pequenos comércios oferecendo folhas de coca para mascar em sacos verdes de tamanhos variados. Mas a maior parte do produto vendido ali não sai dos milhares de hectares plantados nas redondezas: é trazido da região dos Yungas, no departamento de La Paz, distante cerca de 250 km.
"A coca de La Paz é melhor porque é mais grossa, tira a fome e ajuda a passar a noite em claro, enquanto a chaparenha quase não dá efeito", explica o agricultor Teodoro Hinojosa, 44, enquanto comprava 200 gramas pelo equivalente a R$ 6.
A ausência da coca do Chapare no comércio local talvez seja a principal evidência de que o berço político do ex-cocaleiro Evo Morales e palco da visita de hoje do Lula da Silva é atualmente o epicentro da produção de cocaína da Bolívia, o maior fornecedor da droga ao Brasil.
"A coca produzida no trópico boliviano [Chapare] é dura e provoca lesões nas gengivas quando se mastiga. Com isso, se pode especular que grande parte da coca produzida aqui obviamente é destinada ao narcotráfico", disse ontem à Folha o coronel Oscar Nina, comandante da Força Especial da Luta Contra o Narcotráfico (FELCN), a principal força antinarcóticos da Bolívia.
Mercado latino
Dados da FELCN mostram que cerca de 70% da cocaína boliviana tem o Brasil como destino, enquanto o restante se divide entre Argentina, Chile e Paraguai -praticamente nada vai aos EUA, abastecido principalmente pela Colômbia.
Atualmente, a Bolívia é o terceiro maior produtor de cocaína, atrás de Colômbia e Peru. Mas números do Escritório da ONU contra a Droga e o Crime (UNODC) mostram um aumento de 6% na área de cultivo, o maior índice dos três países.
De acordo com a UNODC, há 9.500 hectares plantados no Chapare, enquanto nos Yungas a área é de 20.700 hectares. Ainda segundo as Nações Unidas, 66% da produção boliviana é desviada para o narcotráfico.
O estudo da UNODC, divulgado em junho, também mostra um enorme crescimento do peso da produção de coca na economia boliviana: no ano passado, foi responsável por cerca de 3% do PIB do país, contra 0,37% dez anos atrás.
Boa parte desse crescimento foi sob Morales, que também acumula o cargo de presidente das Federações dos Cocaleiros do Chapare: desde que ele assumiu o país, em janeiro de 2006, até o ano passado, o potencial de produção de cocaína do país aumentou em 20%, sempre de acordo com os números da UNODC.
Para Felipe Cáceres, o "czar antidrogas" do governo Morales, os números são falsos. "A ONU e os EUA consideram a folha de coca como droga. É certo que houve um aumento de 6% na produção de folha de coca, mas não um aumento de produção de droga. São dados falsos, tendenciosos e políticos, já que, neste momento, estamos iniciando uma etapa eleitoral", afirmou, em relação à eleição presidencial, marcada para dezembro.
Cáceres, ex-cocaleiro do Chapare como Morales, negou ainda que a coca da região vá principalmente à cocaína. E explicou assim a sua ausência nos mercados da região. "A folha de coca é como ter cerveja de várias fábricas e variedades. As pessoas sempre têm preferência pela sua folha", afirmou ontem à reportagem, no Chapare.
Sob Morales, a Bolívia adotou a controvertida política "coca não é cocaína". Na prática, significa uma maior tolerância para as plantações (a área cultivada considerada legal subiu de 12 mil hectares para 20 mil hectares), o distanciamento da histórica presença americana no combate à droga e um enfoque maior em operações contra a cocaína.
Apesar do crescimento da produção boliviana e de o Brasil ser o principal destino, o tema do narcotráfico terá um papel secundário na visita de Lula ao Chapare. De acordo com o coronel Nina, o encontro entre os dois presidentes servirá para discutir uma maior colaboração entre Brasil e Bolívia no combate ao narcotráfico. Entretanto, não está prevista a assinatura de nenhum acordo sobre o assunto.
O que sabemos dessa história, até agora:
Que Lula deu R$ 20 mi para a (OIM) organização Internacional para as Migrações, para indenizar famílias acreanas que aceitarem sair da zona de fronteira para morar no interior da Bolívia, pois Evo está promovendo um êxodo interno na região, criando assentamentos de cocaleiros, com vista a influenciar nas eleições do final de ano. Na foto: cocaleiros que farão a segurança do encontro de Lula com Evo Morales.
Sabemos que a OIM, segundo Walter Prado (PSB), da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Acre, está usando da força para tirar os brasileiros de suas propriedades.
Sabemos que os brasileiros que retornarem ao Brasil até o final do ano não receberão indenização pelas benfeitorias, só receberão ajuda os que toparem se mudar para os cafundós da Bolívia.
Sabemos que Lula ao dar empréstimo para essa estrada na região cocaleira, reduto de Evo, na verdade está fazendo campanha eleitoral para o companheiro, às nossas expensas. Essa região, segundo a matéria da Folha, publicada abaixo, é o epicentro da produção de cocaína da Bolívia, o maior fornecedor da droga ao Brasil.
Sabemos que, caso Evo consiga arrancar os R$ 300 mi de Lula, pela alegada dívida da Petrobrás, isto, será praticamente seu coroamento na eleição em dezembro.
Sabemos que Lula odeia o Brasil. Por Arthur/Gabriela
MORALES RECEBE LULA EM POLO PRODUTOR DE COCA
Chefe de força antinarcótico boliviana diz que "se pode especular que produção do Chapare obviamente é destinada ao narcotráfico".
Em todo o Chapare, na região central da Bolívia, sobram pequenos comércios oferecendo folhas de coca para mascar em sacos verdes de tamanhos variados. Mas a maior parte do produto vendido ali não sai dos milhares de hectares plantados nas redondezas: é trazido da região dos Yungas, no departamento de La Paz, distante cerca de 250 km.
"A coca de La Paz é melhor porque é mais grossa, tira a fome e ajuda a passar a noite em claro, enquanto a chaparenha quase não dá efeito", explica o agricultor Teodoro Hinojosa, 44, enquanto comprava 200 gramas pelo equivalente a R$ 6.
A ausência da coca do Chapare no comércio local talvez seja a principal evidência de que o berço político do ex-cocaleiro Evo Morales e palco da visita de hoje do Lula da Silva é atualmente o epicentro da produção de cocaína da Bolívia, o maior fornecedor da droga ao Brasil.
"A coca produzida no trópico boliviano [Chapare] é dura e provoca lesões nas gengivas quando se mastiga. Com isso, se pode especular que grande parte da coca produzida aqui obviamente é destinada ao narcotráfico", disse ontem à Folha o coronel Oscar Nina, comandante da Força Especial da Luta Contra o Narcotráfico (FELCN), a principal força antinarcóticos da Bolívia.
Mercado latino
Dados da FELCN mostram que cerca de 70% da cocaína boliviana tem o Brasil como destino, enquanto o restante se divide entre Argentina, Chile e Paraguai -praticamente nada vai aos EUA, abastecido principalmente pela Colômbia.
Atualmente, a Bolívia é o terceiro maior produtor de cocaína, atrás de Colômbia e Peru. Mas números do Escritório da ONU contra a Droga e o Crime (UNODC) mostram um aumento de 6% na área de cultivo, o maior índice dos três países.
De acordo com a UNODC, há 9.500 hectares plantados no Chapare, enquanto nos Yungas a área é de 20.700 hectares. Ainda segundo as Nações Unidas, 66% da produção boliviana é desviada para o narcotráfico.
O estudo da UNODC, divulgado em junho, também mostra um enorme crescimento do peso da produção de coca na economia boliviana: no ano passado, foi responsável por cerca de 3% do PIB do país, contra 0,37% dez anos atrás.
Boa parte desse crescimento foi sob Morales, que também acumula o cargo de presidente das Federações dos Cocaleiros do Chapare: desde que ele assumiu o país, em janeiro de 2006, até o ano passado, o potencial de produção de cocaína do país aumentou em 20%, sempre de acordo com os números da UNODC.
Para Felipe Cáceres, o "czar antidrogas" do governo Morales, os números são falsos. "A ONU e os EUA consideram a folha de coca como droga. É certo que houve um aumento de 6% na produção de folha de coca, mas não um aumento de produção de droga. São dados falsos, tendenciosos e políticos, já que, neste momento, estamos iniciando uma etapa eleitoral", afirmou, em relação à eleição presidencial, marcada para dezembro.
Cáceres, ex-cocaleiro do Chapare como Morales, negou ainda que a coca da região vá principalmente à cocaína. E explicou assim a sua ausência nos mercados da região. "A folha de coca é como ter cerveja de várias fábricas e variedades. As pessoas sempre têm preferência pela sua folha", afirmou ontem à reportagem, no Chapare.
Sob Morales, a Bolívia adotou a controvertida política "coca não é cocaína". Na prática, significa uma maior tolerância para as plantações (a área cultivada considerada legal subiu de 12 mil hectares para 20 mil hectares), o distanciamento da histórica presença americana no combate à droga e um enfoque maior em operações contra a cocaína.
Apesar do crescimento da produção boliviana e de o Brasil ser o principal destino, o tema do narcotráfico terá um papel secundário na visita de Lula ao Chapare. De acordo com o coronel Nina, o encontro entre os dois presidentes servirá para discutir uma maior colaboração entre Brasil e Bolívia no combate ao narcotráfico. Entretanto, não está prevista a assinatura de nenhum acordo sobre o assunto.
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