Pular para o conteúdo principal

OAB – BELEZA DO DIREITO



Dr.Clodomir Monteiro da Silva

Desde a magnífica civilização grega, condenável hoje sob alguns aspectos, valendo para a cultura oriental, o direito sempre esteve implicado, jungido à beleza, e a beleza a metáfora maior da justiça.

Funcionaria aqui falar também da alegoria evangélica deixada para sempre por Jesus Cristo, pelos frutos conhecemos a árvore, e o que fazer com ela, para que prossiga produzindo.

Ao ler a revista da OAB – AC, editada por sua administração atual, e ouvindo opiniões favoráveis de vários colegas, passei a me interessar mais pelas mudanças que estão ocorrendo em nossa casa.

Reestruturação, evolução ética e profissionalização social, isto é, em defesa de cada associado e aberta, vigilante, pela indispensável missão na luta pela realização plena da justiça para a comunidade, em especial pela inclusão social.

A reestruturação muda em muito e corrige, limpa a árvore de pragas, para que produza mais frutos. A preparação para novos plantios e colheitas ocorreu quando a Ordem do Acre mudou para o Centro Empresarial. Instalações modernas para uma administração dinâmica, rápido atendimento processual para novos exames expedição e renovação de carteiras de identidade segundo padrões nacionais. O investimento em infra-estrutura garante novos espaços aos advogados. As mudas esparramam-se pelo interior do Acre, fazendo nascer unidades da OAB. O jardineiro e seus auxiliares cuidam do jardim do direito que continua florindo.

O perfume das flores como lufadas da fragrância da ética levando célere a assistência jurídica, apoiando os advogados em sua ação nas comunidades. É o caso da OAB-AC subseção de Cruzeiro do Sul. A frondosa cultura jurídica aponta para a beleza do direito florindo. A reestruturação faz acelerar outro setor importante do direito da beleza.

Trata-se de ações que, mesmo parecendo redundâncias, promovem inovações à profissionalização social dos advogados, em uma estrutura maior que, envolvendo estagiários e profissionais do direito, atua em diversas áreas de inclusão da cidadania, fortalecendo assim o papel da OAB-AC. Mais que simples parceria, cooperação ou convênios, é a institucionalização através de novos galhos a produzir flores e frutos, são as comissões de Ensino Jurídico. De Relações Internacionais, de Seleção e Inscrição, do Jovem Advogado, das sociedades dos advogados, de Esportes, de Direito Ambiental e Agrário, de Orçamento e Contas, Estágio e Exame de Ordem, de Defesa, Assistência e Prerrogativas e a de Direitos Humanos.

Reestruturar com eficiência, pois a tradição melhor do passado está sendo recuperada, ou seja, a garantia do viver fraterno entre os advogados, não o da encarniçada luta do salve-se-quem-puder. A ética quase sempre vista como corporativista parece estar sendo extirpada daquelas partes apodrecidas da perene árvore frondosa da justiça, uma deusa que não mais se apresenta com a venda nos olhos. Gestão partilhada e descentralização sugerem a causa da viabilidade do presente da diretoria entregue ao futuro, que vai sendo instalado no jardim do Direito à Beleza da Justiça, OAB-AC. Integração de colegas, entrelaçamento de famílias.

O direito da beleza não só nas instalações físicas e na nova sede. Esta pareceria elefante branco não fora o volume de atividades, o envolvimento de uma grande equipe e o sorriso sempre florindo em todos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Astronomia: Milhares de cometas escuros podem colidir com a Terra

Da Lusa - Agência de Notícias de Portugal Londres, (Lusa) - Milhares de cometas que circulam no sistema solar podem ser um perigo para a Terra, por serem indetectáveis, o que dificulta a antecipação de um eventual impacto, alertaram quarta-feira vários astrónomos britânicos. São cerca de três mil os cometas que circulam no sistema solar e apenas 25 podem ser avistados a partir da Terra, lê-se no artigo da revista "New Scientist", assinado por Bill Napier, da Universidade de Cardiff, e por David Asher, astrónomo do Observatório da Irlanda do Norte. "Devemos alertar para o perigo invisível mas significativo que são os cometas escuros", dizem os astronómos, explicando que um cometa fica escuro quando perde a cola brilhante. Desprovido desta substância, "o trajecto de um cometa que esteja em rota de colisão com o planeta Terra pode passar despercebido ao telescópio", afirmam Napier e Asher. Nos últimos séculos, o cometa de que há registo de ter passado mais pr

Os Farrapos dos olhos azuis

Cláudio Ribeiro - Demitri Túlio, do Jornal O Povo, de Fortaleza A íris clara, azulzíssima em muitos deles, é a digital do povo Farrapo. Também é da identidade a pele branca avermelhada, carimbada pelo sol forte que não cessa em Sobral. Isso mais entre os que vivem na zona rural. Gostam de exaltar o sobrenome. É forte. Farrapo não é apelido. Não são uma etnia, mas são tratados assim. São “da raça dos Farrapos”, como nos disse quem os indicou a procurá-los. Os Farrapos têm história a ser contada. Praticaram a endogamia por muito tempo. Casamentos em família, entre primos, mais gente do olho azul de céu que foi nascendo e esticando a linhagem. Sempre gostaram de negociar, trocar coisa velha. São um pouco reclusos. Vivem sob reminiscências de judaísmo. Há estudo disso, mas muito ainda a ser (re)descoberto. Os Farrapos são citados, por exemplo, no livro do padre João Mendes Lira, Presença dos Judeus em Sobral e Circunvizinhanças e a Dinamização da Economia Sobralense em Função do Capital Ju

Erros judiciários: Caso Mignonette - Estado de necessidade

A 5 de Julho de 1884 naufragou o iate inglês La Mignonette. Depois de vários dias no mar, o imediato, que era o mais jovem de todos, foi morto pelos companheiros, que mais tarde alegaram estado de necessidade perante o júri. Sustentaram que não teriam sobrevivido caso não se utilizassem do cadáver para matar a fome. O júri deu um "veredicto especial", reconhecendo apenas a matéria de fato, mas deixando a questão jurídica para que a corte superior decidisse. Lord Coleridge, um dos juízes superiores, disse, entre outras considerações, o seguinte: Conservar a própria vida é, falando em geral, um dever: mas sacrificá-la pode ser o mais claro e alto dever. A necessidade moral impõe deveres dirigidos não à conservação mas ao sacrifício da sua vida pelos outros. Não é justo dizer que há uma incondicionada e ilimitada necessidade de conservar a própria vida. Necesse est ut eam, non ut viram (é necessário que eu caminhe, não que eu viva) disse Lord Bacon. Quem deve julgar o estado de