Karla Correia, Jornal do Brasil
BRASÍLIA - A saída do PDT do bloquinho – que a legenda integrava junto com PSB e PC do B – e sua adesão à campanha do deputado Michel Temer (PMDB-SP) à presidência da Câmara praticamente inviabilizou a candidatura do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), lançada justamente pelo presidente do PDT, deputado Vieira da Cunha (RS) como forma de ampliar o raio de ação do grupo na Casa.
Mas o gesto, articulado pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, como uma aproximação entre a sigla e o Palácio do Planalto, está longe de dar a Temer a posição de vitória por antecipação. Em um cenário onde o PMDB aparece como favorito na disputa pelo comando das duas Casas do Congresso, Temer tem mais motivos agora para recear o risco de traição de aliados menores, em muitos casos fomentada por ala do PT insatisfeita com a hegemonia peemedebista. A confirmação da candidatura de José Sarney (PMDB-AP) para o comando do Senado só complica o quadro.
O rompimento do PDT com o bloquinho de esquerda dá prestígio ao partido junto ao Palácio do Planalto, que tenta a todo custo blindar a candidatura de Temer contra a ameaça remota – mas presente – do adversário Ciro Nogueira (PP-PI) na batalha pela presidência da Câmara. Significa, também, a aproximação da legenda à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, em 2010.
E como efeito colateral, exerce um considerável efeito gravitacional sobre o PSB, que já dá sinais de desistência na campanha por Aldo Rebelo em direção a uma adesão a Temer. O aceno do Planalto pelo apoio à candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à reeleição em 2010 seria outra motivação do PSB. O bloquinho, dessa forma, tende a se dissolver.
Mas se, de um lado, o Planalto deve contar em breve com os três partidos batalhando em separado por espaço no governo – e na campanha de Dilma, em 2010 – por outro a hegemonia do PMDB pode comprometer a aliança do partido com o PT nos estados, na eleição de governadores. Um rompimento dessa monta tem potencial para tirar o PMDB do séquito de Dilma e jogá-lo nos braços daquele que aparece como seu principal rival na briga pelo Planalto: o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
BRASÍLIA - A saída do PDT do bloquinho – que a legenda integrava junto com PSB e PC do B – e sua adesão à campanha do deputado Michel Temer (PMDB-SP) à presidência da Câmara praticamente inviabilizou a candidatura do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), lançada justamente pelo presidente do PDT, deputado Vieira da Cunha (RS) como forma de ampliar o raio de ação do grupo na Casa.
Mas o gesto, articulado pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, como uma aproximação entre a sigla e o Palácio do Planalto, está longe de dar a Temer a posição de vitória por antecipação. Em um cenário onde o PMDB aparece como favorito na disputa pelo comando das duas Casas do Congresso, Temer tem mais motivos agora para recear o risco de traição de aliados menores, em muitos casos fomentada por ala do PT insatisfeita com a hegemonia peemedebista. A confirmação da candidatura de José Sarney (PMDB-AP) para o comando do Senado só complica o quadro.
O rompimento do PDT com o bloquinho de esquerda dá prestígio ao partido junto ao Palácio do Planalto, que tenta a todo custo blindar a candidatura de Temer contra a ameaça remota – mas presente – do adversário Ciro Nogueira (PP-PI) na batalha pela presidência da Câmara. Significa, também, a aproximação da legenda à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, em 2010.
E como efeito colateral, exerce um considerável efeito gravitacional sobre o PSB, que já dá sinais de desistência na campanha por Aldo Rebelo em direção a uma adesão a Temer. O aceno do Planalto pelo apoio à candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à reeleição em 2010 seria outra motivação do PSB. O bloquinho, dessa forma, tende a se dissolver.
Mas se, de um lado, o Planalto deve contar em breve com os três partidos batalhando em separado por espaço no governo – e na campanha de Dilma, em 2010 – por outro a hegemonia do PMDB pode comprometer a aliança do partido com o PT nos estados, na eleição de governadores. Um rompimento dessa monta tem potencial para tirar o PMDB do séquito de Dilma e jogá-lo nos braços daquele que aparece como seu principal rival na briga pelo Planalto: o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
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