Christiane Samarco, BRASÍLIA
Para forçar a renúncia do petista Tião Viana (AC) na corrida sucessória do Senado, o PMDB ameaça deixar o PT fora da composição da Mesa Diretora, caso o senador José Sarney (PMDB-AP) seja eleito presidente da Casa. Um dos coordenadores da campanha de Sarney adverte que a opção dos petistas pela disputa no voto vale para todos os postos de direção. Segundo ele, o comando peemedebista já está negociando os cargos para compor uma chapa completa, apenas com seus aliados.
Sarney dá como certo o apoio do PSDB, a quem reservou a primeira-vice-presidência do Senado, possivelmente para o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), além de um cargo de suplente na Mesa Diretora. O DEM, que é aliado de primeira hora, ficará com a primeira-secretaria, para Heráclito Fortes (PI), e também com a quarta-secretaria. O senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) ficaria com a segunda-vice-presidência.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), reuniu-se ontem, separadamente, com Sarney e Viana. Segundo ele, o PSDB já dispõe de dados suficientes para decidir, na próxima semana, em qual dos dois votará. "Vamos partir, agora, para unificar a bancada (de 13 senadores) em torno de um nome", anunciou Virgílio, reconhecendo que há divisões.
O discurso do PT é outro. Em vez de jogar no confronto entre os dois partidos, o senador Aloizio Mercadante (SP) defende a tese da direção plural, respeitando a proporcionalidade das bancadas. "Gostaria muito de ter a experiência de Sarney ajudando a renovar o Senado, com Tião Viana. Eu sou contra qualquer tipo de retaliação", diz.
Nas conversas de bastidor, peemedebistas e senadores do DEM dizem que o PT é que "não quer conversa, e sim ganhar no grito". Mas se houver algum diálogo até a montagem final das chapas, o PMDB já fez sua escolha: só aceita a participação na Mesa do petista Delcídio Amaral (MS). Hoje o PT comanda a primeira-vice-presidência, entregue por acordo a Viana. Pelo critério da proporcionalidade o PT não ocuparia posição de destaque na direção, já que é dono da quarta bancada, atrás do PMDB, do DEM e do PSDB.
Mercadante sugere que, em qualquer cenário, a briga fique restrita à cadeira de presidente, para que se possa construir um acordo pós-eleição, em que todos os partidos participem da Mesa. Ele lembra que a disputa pela presidência não é novidade. Dois anos atrás, PT e PMDB estavam juntos no apoio à candidatura de Renan Calheiros (PMDB-AL). Venceram o DEM do líder e candidato José Agripino (RN) pelo placar de 51 a 28 votos. Agora, é o DEM que faz previsão de derrota para Tião Viana.
Para forçar a renúncia do petista Tião Viana (AC) na corrida sucessória do Senado, o PMDB ameaça deixar o PT fora da composição da Mesa Diretora, caso o senador José Sarney (PMDB-AP) seja eleito presidente da Casa. Um dos coordenadores da campanha de Sarney adverte que a opção dos petistas pela disputa no voto vale para todos os postos de direção. Segundo ele, o comando peemedebista já está negociando os cargos para compor uma chapa completa, apenas com seus aliados.
Sarney dá como certo o apoio do PSDB, a quem reservou a primeira-vice-presidência do Senado, possivelmente para o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), além de um cargo de suplente na Mesa Diretora. O DEM, que é aliado de primeira hora, ficará com a primeira-secretaria, para Heráclito Fortes (PI), e também com a quarta-secretaria. O senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) ficaria com a segunda-vice-presidência.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), reuniu-se ontem, separadamente, com Sarney e Viana. Segundo ele, o PSDB já dispõe de dados suficientes para decidir, na próxima semana, em qual dos dois votará. "Vamos partir, agora, para unificar a bancada (de 13 senadores) em torno de um nome", anunciou Virgílio, reconhecendo que há divisões.
O discurso do PT é outro. Em vez de jogar no confronto entre os dois partidos, o senador Aloizio Mercadante (SP) defende a tese da direção plural, respeitando a proporcionalidade das bancadas. "Gostaria muito de ter a experiência de Sarney ajudando a renovar o Senado, com Tião Viana. Eu sou contra qualquer tipo de retaliação", diz.
Nas conversas de bastidor, peemedebistas e senadores do DEM dizem que o PT é que "não quer conversa, e sim ganhar no grito". Mas se houver algum diálogo até a montagem final das chapas, o PMDB já fez sua escolha: só aceita a participação na Mesa do petista Delcídio Amaral (MS). Hoje o PT comanda a primeira-vice-presidência, entregue por acordo a Viana. Pelo critério da proporcionalidade o PT não ocuparia posição de destaque na direção, já que é dono da quarta bancada, atrás do PMDB, do DEM e do PSDB.
Mercadante sugere que, em qualquer cenário, a briga fique restrita à cadeira de presidente, para que se possa construir um acordo pós-eleição, em que todos os partidos participem da Mesa. Ele lembra que a disputa pela presidência não é novidade. Dois anos atrás, PT e PMDB estavam juntos no apoio à candidatura de Renan Calheiros (PMDB-AL). Venceram o DEM do líder e candidato José Agripino (RN) pelo placar de 51 a 28 votos. Agora, é o DEM que faz previsão de derrota para Tião Viana.
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