Da EFE
Cairo, (EFE).- O principal líder do Hamas, Khaled Meshaal, apresentou hoje uma série de condições para aceitar o final das hostilidades na Faixa de Gaza e afirmou que não aceitará nenhum armistício enquanto continuar a ocupação israelense.
Meshaal, em discurso televisionado, afirmou que qualquer iniciativa em favor da paz em Gaza deve incluir o final da agressão israelense, a "imediata retirada" de Gaza, a interrupção do bloqueio desta localidade e a abertura das passagens fronteiriças.
Em seu discurso, de meia hora, o líder do Hamas disse que "qualquer iniciativa" para conseguir uma interrupção das hostilidades em Gaza tem que estar baseada nestes pontos.
"Estas são nossas demandas e rejeitaremos qualquer iniciativa que não aceite estes pontos", declarou Meshaal, no discurso gravado em Damasco, onde vive exilado, e transmitido pela emissora "Al Jazira".
Desde que Israel lançou uma ofensiva contra Gaza, no dia 27 de dezembro, aconteceram várias tentativas de alcançar uma trégua, a última delas promovida pelo Governo do Egito.
No entanto, nenhuma proposta foi aceita pelas duas partes, embora ainda haja negociações em curso.
Em sua mensagem gravada, Meshaal, que parecia improvisar e de vez em quando olhava suas anotações, esclareceu que o Hamas "não aceitará nenhuma iniciativa para uma trégua enquanto estiver sob o fogo" de Israel.
Também disse que não é a primeira vez que palestinos e israelenses negociam uma trégua, mas esclareceu que não haverá um armistício, pois, acrescentou, "enquanto houver ocupação haverá resistência" contra Israel.
"O povo palestino tem o direito de resistir à ocupação", afirmou.
O Hamas assumiu o controle de Gaza em junho de 2007, após duros combates com grupos palestinos rivais leais ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
Desde então, Gaza está bloqueada e as passagens fronteiriças só estão abertas para ajuda humanitária.
As hostilidades em Gaza explodiram após acabar o cessar-fogo de seis meses que esteve vigente até o dia 19 de dezembro passado. O Hamas começou a lançar foguetes contra o território israelense e Jerusalém respondeu com seus ataques aéreos e, posteriormente, com uma ofensiva terrestre.
Meshaal também deixou claro que o Hamas não aceitará nenhuma força internacional em Gaza, uma possibilidade que estava estipulada na proposta de paz egípcia. "As consideraremos como forças de ocupação", acrescentou.
Ele confirmou que representantes de seu movimento estão negociando no Cairo um possível cessar-fogo e disse que estão na capital egípcia para "explorar caminhos" que permitam interromper a ofensiva militar israelense.
Em sua mensagem, Meshaal disse que o Hamas "não escolheu a guerra" e acrescentou que sua luta deve seguir para "ganhar a liberdade" dos palestinos. "Toda nação tem direito de resistir", insistiu.
Fez um apelo a suas forças e a todos os palestinos para resistirem contra Israel e disse que "depois deste banho de sangue" se consolida a determinação dos líderes palestinos.
"Não aceitaremos uma trégua permanente. Esta luta para nós é contra a ocupação. Temos que ser pacientes e seremos vitoriosos", concluiu o líder do Hamas. EFE
Cairo, (EFE).- O principal líder do Hamas, Khaled Meshaal, apresentou hoje uma série de condições para aceitar o final das hostilidades na Faixa de Gaza e afirmou que não aceitará nenhum armistício enquanto continuar a ocupação israelense.
Meshaal, em discurso televisionado, afirmou que qualquer iniciativa em favor da paz em Gaza deve incluir o final da agressão israelense, a "imediata retirada" de Gaza, a interrupção do bloqueio desta localidade e a abertura das passagens fronteiriças.
Em seu discurso, de meia hora, o líder do Hamas disse que "qualquer iniciativa" para conseguir uma interrupção das hostilidades em Gaza tem que estar baseada nestes pontos.
"Estas são nossas demandas e rejeitaremos qualquer iniciativa que não aceite estes pontos", declarou Meshaal, no discurso gravado em Damasco, onde vive exilado, e transmitido pela emissora "Al Jazira".
Desde que Israel lançou uma ofensiva contra Gaza, no dia 27 de dezembro, aconteceram várias tentativas de alcançar uma trégua, a última delas promovida pelo Governo do Egito.
No entanto, nenhuma proposta foi aceita pelas duas partes, embora ainda haja negociações em curso.
Em sua mensagem gravada, Meshaal, que parecia improvisar e de vez em quando olhava suas anotações, esclareceu que o Hamas "não aceitará nenhuma iniciativa para uma trégua enquanto estiver sob o fogo" de Israel.
Também disse que não é a primeira vez que palestinos e israelenses negociam uma trégua, mas esclareceu que não haverá um armistício, pois, acrescentou, "enquanto houver ocupação haverá resistência" contra Israel.
"O povo palestino tem o direito de resistir à ocupação", afirmou.
O Hamas assumiu o controle de Gaza em junho de 2007, após duros combates com grupos palestinos rivais leais ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
Desde então, Gaza está bloqueada e as passagens fronteiriças só estão abertas para ajuda humanitária.
As hostilidades em Gaza explodiram após acabar o cessar-fogo de seis meses que esteve vigente até o dia 19 de dezembro passado. O Hamas começou a lançar foguetes contra o território israelense e Jerusalém respondeu com seus ataques aéreos e, posteriormente, com uma ofensiva terrestre.
Meshaal também deixou claro que o Hamas não aceitará nenhuma força internacional em Gaza, uma possibilidade que estava estipulada na proposta de paz egípcia. "As consideraremos como forças de ocupação", acrescentou.
Ele confirmou que representantes de seu movimento estão negociando no Cairo um possível cessar-fogo e disse que estão na capital egípcia para "explorar caminhos" que permitam interromper a ofensiva militar israelense.
Em sua mensagem, Meshaal disse que o Hamas "não escolheu a guerra" e acrescentou que sua luta deve seguir para "ganhar a liberdade" dos palestinos. "Toda nação tem direito de resistir", insistiu.
Fez um apelo a suas forças e a todos os palestinos para resistirem contra Israel e disse que "depois deste banho de sangue" se consolida a determinação dos líderes palestinos.
"Não aceitaremos uma trégua permanente. Esta luta para nós é contra a ocupação. Temos que ser pacientes e seremos vitoriosos", concluiu o líder do Hamas. EFE
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