Noblat
Tião Viana (PT-AC) subirá, esta tarde, à tribuna do Senado para explicar por que cedeu um dos seus dois celulares, pagos pelo Senado, para uso por sua filha mais velha durante uma viagem de 15 dias ao México, em janeiro último. Repitirá o que disse ontem aos jornalistas:
- Era a primeira vez que minha filha fazia uma viagem sozinha, por isso lhe emprestei o celular pára que eu pudesse localizá-la. Ela assumiu o compromisso de não fazer nenhuma ligação. Mas a responsabilidade é minha e eu estou disposto a pagar qualquer gasto extra que tenha sido cobrado do Senado.
A história do telefone cedido por Tião à filha começou a circular nos corredores do Senado na semana passada, espalhada por colegas dele ligados ao senador José Sarney (PMDB-AP).
Ontem, o senador Gim Argelo (PTB-DF) contou a vários jornalistas que a conta do tal celular daria "para comprar um carro". Mas não disse o nome do dono do celular.
Àquela altura não precisava dizer. Os jornalistas estavam no encalço de Tião. Argelo foi um dos maiores cabos eleitorais da candidatura de Sarney à presidência do Senado.
Só faz piorar o clima que se respira entre os senadores - e essa é uma boa notícia.
Os mais próximos de Sarney debitam a Tião e à turma dele a série de denúncias feitas pela imprensa que atingem o Senado e que já derrubaram dois diretores.
Tião debita na conta de Sarney e de sua patota a revelação do uso do celular.
Ambos os lados têm razão.
Do lado de Sarney, um dos alvos das denúncias foi sua filha Roseana (PMDB-MA), que trouxe a Brasília um grupo de pessoas usando sua cota particular de passagens aéreas pagas pelo Senado.
Do lado de Tião, o alvo foi ele próprio.
A troca pesada de chumbo poderá dar ensejo a um acordo: você não atira mais em mim e eu não atiro mais em você. Seria uma péssima notícia.
Ganharemos todos se a lavagem pública de roupa livrar o Senado de parte da sujeira que se acumula ali. Perderemos se firmarem qualquer pacto de silêncio para salvar reputações.
Ainda não terminou a eleição para presidência do Senado travada entre Sarney e Tião, e ganha pelo primeiro.
Tião Viana (PT-AC) subirá, esta tarde, à tribuna do Senado para explicar por que cedeu um dos seus dois celulares, pagos pelo Senado, para uso por sua filha mais velha durante uma viagem de 15 dias ao México, em janeiro último. Repitirá o que disse ontem aos jornalistas:
- Era a primeira vez que minha filha fazia uma viagem sozinha, por isso lhe emprestei o celular pára que eu pudesse localizá-la. Ela assumiu o compromisso de não fazer nenhuma ligação. Mas a responsabilidade é minha e eu estou disposto a pagar qualquer gasto extra que tenha sido cobrado do Senado.
A história do telefone cedido por Tião à filha começou a circular nos corredores do Senado na semana passada, espalhada por colegas dele ligados ao senador José Sarney (PMDB-AP).
Ontem, o senador Gim Argelo (PTB-DF) contou a vários jornalistas que a conta do tal celular daria "para comprar um carro". Mas não disse o nome do dono do celular.
Àquela altura não precisava dizer. Os jornalistas estavam no encalço de Tião. Argelo foi um dos maiores cabos eleitorais da candidatura de Sarney à presidência do Senado.
Só faz piorar o clima que se respira entre os senadores - e essa é uma boa notícia.
Os mais próximos de Sarney debitam a Tião e à turma dele a série de denúncias feitas pela imprensa que atingem o Senado e que já derrubaram dois diretores.
Tião debita na conta de Sarney e de sua patota a revelação do uso do celular.
Ambos os lados têm razão.
Do lado de Sarney, um dos alvos das denúncias foi sua filha Roseana (PMDB-MA), que trouxe a Brasília um grupo de pessoas usando sua cota particular de passagens aéreas pagas pelo Senado.
Do lado de Tião, o alvo foi ele próprio.
A troca pesada de chumbo poderá dar ensejo a um acordo: você não atira mais em mim e eu não atiro mais em você. Seria uma péssima notícia.
Ganharemos todos se a lavagem pública de roupa livrar o Senado de parte da sujeira que se acumula ali. Perderemos se firmarem qualquer pacto de silêncio para salvar reputações.
Ainda não terminou a eleição para presidência do Senado travada entre Sarney e Tião, e ganha pelo primeiro.
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