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FHC defende convergência entre Aécio e Serra para 2010


Mônica Ciarelli, da Agência Estado



RIO - O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta sexta-feira, 31, um nome de consenso no PSDB para as eleições de 2010. Na última quinta, dois potenciais candidatos, os governadores José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais), concordaram com a realização de uma prévia interna para escolha do candidato tucano ao Palácio do Planalto.

Veja também:
Serra e Aécio concordam com prévias no PSDB para 2010

"Acho que pode haver um nome de consenso no partido. Tenho esperança de que haja uma convergência entre Aécio e Serra. Eles são os potenciais e acho difícil que apareça um terceiro", disse FHC após participar de um prêmio concedido pela mineradora Vale à ex-primeira dama, Ruth Cardoso. "Vou trabalhar para que haja um nome de convergência que para mim pode ser qualquer um dos dois", completou.

Fernando Henrique descartou uma possível ruptura de Aécio com o PSDB caso o partido opte por Serra, que já foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2006. "Não existe essa possibilidade. Isso é absolutamente fora de cogitação", afirmou.

O ex-presidente aproveitou para ironizar a recente declaração do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, que o PT e o PMDB estarão unidos nas eleições de 2010. "Isso tudo é muito variável e daqui a dois anos acho que o Cabral vai estar conosco", disse. Sem descartar a importância de uma aliança com o PMDB, Fernando Henrique fez questão de ressaltar que fundamental mesmo para o partido tucano é defender uma candidatura que o "povo queira".

"O importante para o PSDB e os demais partidos é encontrar bons candidatos. Essas últimas eleições mostraram que nosso eleitor é muito independente. Ele não segue ordem de ninguém e nem tem muito amor a nenhum partido político especificamente. Ele quer saber quem na naquele momento assegura um futuro melhor"

O ex-presidente descartou a possibilidade de voltar a concorrer ao Palácio do Planalto. "Já disse que cada um tem que saber o seu momento na história. Meu papel é agora outro", concluiu.

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