da France Presse, em Paris
As mensagens subliminares podem, de fato, influenciar as escolhas e decisões individuais, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira na revista especializada norte-americana "Neuron".
O trabalho realizado por Mathias Pessiglione, da Unidade "Motivação, cérebro e comportamento" do Inserm (Instituto Nacional de Pesquisa Médica), mostra que é possível, graças a um sistema de recompensas, condicionar a escolha dos indivíduos, com a ajuda de desenhos abstratos, não percebidos de maneira consciente.
No final da década de 50, publicitários norte-americanos disseram ter aumentado suas vendas ao veicular por meio de flashes, sem o conhecimento dos telespectadores, mensagens subliminares de "coma pipoca".
"Nunca provamos, até então, que os efeitos subliminares têm uma influência nas escolhas e decisões voluntárias dos indivíduos", disse Mathias Pessiglione. Ele destacou, contudo, que "a publicidade mostrando diretamente o produto é mais eficaz".
Em contrapartida, o pesquisador vê "um uso para esclarecer algumas patologias, como a síndrome de Gilles de la Tourette [transtorno crônico de tiques] ou o mal de Parkinson", onde os mecanismos de aprendizagem inconscientes são perturbados.
Experimento
Em um grupo de 20 britânicos, com idades entre 18 e 39 anos, os pesquisadores utilizaram um sistema de recompensas/punições monetárias para condicionar sua escolha. A cada teste, um índice escondido (um desenho abstrato) foi exposto, rapidamente, como um flash, para que os voluntários não o percebessem de forma consciente.
Os voluntários deveriam pressionar, ou não, um botão de resposta. Se não se mexessem, não ganhariam nada. Se apertassem o botão, poderiam ganhar, ou perder, um euro. Na realidade, um dos índices expostos de maneira subliminar anunciava a recompensa (1 euro, para quem apertasse o botão) e o outro, a punição (perda de 1 euro, se apertassem o botão).
Ao longo do teste, os voluntários apertavam mais --e de maneira bastante significativa-- em resposta ao índice que anunciava a recompensa.
Graças às técnicas de imagem por ressonância magnética (IRM), Mathias Pessiglione e seus colegas identificaram alguns componentes do circuito cerebral que operam o condicionamento subliminar.
O "aprendizado instrumental" (com uma ação) é, assim, um processo mental que pode acontecer sem nosso conhecimento, afirma o estudo.
As mensagens subliminares podem, de fato, influenciar as escolhas e decisões individuais, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira na revista especializada norte-americana "Neuron".
O trabalho realizado por Mathias Pessiglione, da Unidade "Motivação, cérebro e comportamento" do Inserm (Instituto Nacional de Pesquisa Médica), mostra que é possível, graças a um sistema de recompensas, condicionar a escolha dos indivíduos, com a ajuda de desenhos abstratos, não percebidos de maneira consciente.
No final da década de 50, publicitários norte-americanos disseram ter aumentado suas vendas ao veicular por meio de flashes, sem o conhecimento dos telespectadores, mensagens subliminares de "coma pipoca".
"Nunca provamos, até então, que os efeitos subliminares têm uma influência nas escolhas e decisões voluntárias dos indivíduos", disse Mathias Pessiglione. Ele destacou, contudo, que "a publicidade mostrando diretamente o produto é mais eficaz".
Em contrapartida, o pesquisador vê "um uso para esclarecer algumas patologias, como a síndrome de Gilles de la Tourette [transtorno crônico de tiques] ou o mal de Parkinson", onde os mecanismos de aprendizagem inconscientes são perturbados.
Experimento
Em um grupo de 20 britânicos, com idades entre 18 e 39 anos, os pesquisadores utilizaram um sistema de recompensas/punições monetárias para condicionar sua escolha. A cada teste, um índice escondido (um desenho abstrato) foi exposto, rapidamente, como um flash, para que os voluntários não o percebessem de forma consciente.
Os voluntários deveriam pressionar, ou não, um botão de resposta. Se não se mexessem, não ganhariam nada. Se apertassem o botão, poderiam ganhar, ou perder, um euro. Na realidade, um dos índices expostos de maneira subliminar anunciava a recompensa (1 euro, para quem apertasse o botão) e o outro, a punição (perda de 1 euro, se apertassem o botão).
Ao longo do teste, os voluntários apertavam mais --e de maneira bastante significativa-- em resposta ao índice que anunciava a recompensa.
Graças às técnicas de imagem por ressonância magnética (IRM), Mathias Pessiglione e seus colegas identificaram alguns componentes do circuito cerebral que operam o condicionamento subliminar.
O "aprendizado instrumental" (com uma ação) é, assim, um processo mental que pode acontecer sem nosso conhecimento, afirma o estudo.
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