Carol Guedes/Folha
As cúpulas do PSDB e do DEM marcaram para depois do Carnaval um encontro de cúpula. Deve ocorrer no dia 5 de março, em São Paulo.
Vão à mesa os planos para a sucessão presidencial de 2010. Pretende-se reavaliar a estratégia, apressando o passo.
Tucanos e ‘demos’ tentam reagir à movimentação “prematura” de Lula. Estão inquietos com a súbita conversão de Dilma Rousseff de ministra em candidata.
Com dois postulantes ao Palácio do Planalto –José Serra e Aécio Neves—, a oposição assiste à ocupação solitária do noticiário por Dilma. Daí o incômodo.
A necessidade de estabelecer um contraponto à candidata de Lula faz crescer o movimento pela precipitação do desfecho da disputa entre Serra e Aécio.
Há nítida preferência no andar de cima das duas legendas pelo nome de Serra, mais bem-posto nas pesquisas.
Mas todos, a começar de Serra, parecem já ter compreendido os recados de Aécio: o governador de Minas precisa ser convencido, não vencido.
Avalia-se que, se for à disputa sem Aécio, um governador aprovado por cerca de 80% do segundo maior colégio eleitoral do país, Serra será um candidato à derrota.
Aécio bate o pé. Quer que a definição do PSDB se dê por meio de prévias. Serra e seus aliados torcem o nariz.
Mas à falta de um entendimento, mesmo os políticos pró-Serra do DEM começam a se conformar com a necessidade das prévias.
Inicialmente, trabalhava-se com a idéia de cozinhar a escolha do candidato em banho-maria até o final de 2009.
Porém, a movimentação de Lula faz ferver a mistura da oposição. E já há gente pregando que as prévias, se inevitáveis, devem ser feitas ainda no primeiro semestre.
Deve-se o agendamento do encontro de São Paulo a uma iniciativa do DEM. A legenda decidiu reunir o seu conselho político.
Trata-se de uma instância partidária presidida pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab. Congrega do presidente de honra Jorge Bornhausen aos líderes no Congresso.
No mesmo dia, os ‘demos’ irão ao encontro do grão-tucanato: FHC, presidente de honra do PSDB; Sérgio Guerra, presidente nacional; e outras lideranças.
Inicialmente, apenas o presidenciável José Serra participaria desse convescote tucano-democrata. Para não envenenar o pudim, planeja-se agora endereçar um convite a Aécio.
O governador mineiro terá de ser persuadido também da conveniência de antecipar os planos da oposição.
Em privado, Aécio diz que o PSDB erra ao condicionar sua estratégia ao vaivém de Lula e Dilma.
Para Aécio, a simples definição das regras das prévias, algo que lhe foi prometido para março, acomodaria a disputa que o opõe a Serra num leito de normalidade.
De resto, Aécio acha que a campanha interna, com a eventual realização de debates entre ele e Serra, surtirá dois efeitos benfazejos.
Primeiro, evitará os acertos de cúpula que fizeram desandar as candidaturas tucanas em 2002 e 2006.
Depois, levará a oposição a ocupar as manchetes da forma correta, pendurando nas manchetes não as picuinhas internas, mas as propostas alternativas ao projeto representado por Dilma.
O diabo é que, por ora, o tucanato não foi capaz nem sequer de esboçar essa pretensa alternativa. Serra e Aécio, aliás, têm cara de muita coisa, menos de oposicionistas.
As cúpulas do PSDB e do DEM marcaram para depois do Carnaval um encontro de cúpula. Deve ocorrer no dia 5 de março, em São Paulo.
Vão à mesa os planos para a sucessão presidencial de 2010. Pretende-se reavaliar a estratégia, apressando o passo.
Tucanos e ‘demos’ tentam reagir à movimentação “prematura” de Lula. Estão inquietos com a súbita conversão de Dilma Rousseff de ministra em candidata.
Com dois postulantes ao Palácio do Planalto –José Serra e Aécio Neves—, a oposição assiste à ocupação solitária do noticiário por Dilma. Daí o incômodo.
A necessidade de estabelecer um contraponto à candidata de Lula faz crescer o movimento pela precipitação do desfecho da disputa entre Serra e Aécio.
Há nítida preferência no andar de cima das duas legendas pelo nome de Serra, mais bem-posto nas pesquisas.
Mas todos, a começar de Serra, parecem já ter compreendido os recados de Aécio: o governador de Minas precisa ser convencido, não vencido.
Avalia-se que, se for à disputa sem Aécio, um governador aprovado por cerca de 80% do segundo maior colégio eleitoral do país, Serra será um candidato à derrota.
Aécio bate o pé. Quer que a definição do PSDB se dê por meio de prévias. Serra e seus aliados torcem o nariz.
Mas à falta de um entendimento, mesmo os políticos pró-Serra do DEM começam a se conformar com a necessidade das prévias.
Inicialmente, trabalhava-se com a idéia de cozinhar a escolha do candidato em banho-maria até o final de 2009.
Porém, a movimentação de Lula faz ferver a mistura da oposição. E já há gente pregando que as prévias, se inevitáveis, devem ser feitas ainda no primeiro semestre.
Deve-se o agendamento do encontro de São Paulo a uma iniciativa do DEM. A legenda decidiu reunir o seu conselho político.
Trata-se de uma instância partidária presidida pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab. Congrega do presidente de honra Jorge Bornhausen aos líderes no Congresso.
No mesmo dia, os ‘demos’ irão ao encontro do grão-tucanato: FHC, presidente de honra do PSDB; Sérgio Guerra, presidente nacional; e outras lideranças.
Inicialmente, apenas o presidenciável José Serra participaria desse convescote tucano-democrata. Para não envenenar o pudim, planeja-se agora endereçar um convite a Aécio.
O governador mineiro terá de ser persuadido também da conveniência de antecipar os planos da oposição.
Em privado, Aécio diz que o PSDB erra ao condicionar sua estratégia ao vaivém de Lula e Dilma.
Para Aécio, a simples definição das regras das prévias, algo que lhe foi prometido para março, acomodaria a disputa que o opõe a Serra num leito de normalidade.
De resto, Aécio acha que a campanha interna, com a eventual realização de debates entre ele e Serra, surtirá dois efeitos benfazejos.
Primeiro, evitará os acertos de cúpula que fizeram desandar as candidaturas tucanas em 2002 e 2006.
Depois, levará a oposição a ocupar as manchetes da forma correta, pendurando nas manchetes não as picuinhas internas, mas as propostas alternativas ao projeto representado por Dilma.
O diabo é que, por ora, o tucanato não foi capaz nem sequer de esboçar essa pretensa alternativa. Serra e Aécio, aliás, têm cara de muita coisa, menos de oposicionistas.
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