Caso se confirmem as ameaças - ou boatos - sobre a não participação de petistias na Mesa do Senado e, mais grave, nas comissões, ou ainda qualquer outro tipo de represália ao direito líquido e certo do partido de disputar a presidência da Casa com o candidato do PMDB, ficam confirmadas minhas suspeitas de que todo esse movimento tem como objetivo enfraquecer o PT.
Aí, não restarão mais dúvidas. E isso, independente do direito do PMDB eleger o presidente do Senado, e do caráter da candidatura de ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP), que tem todas as credenciais para presidir nossa Câmara Alta.
Para entender que esse movimento visa o PT, basta rever a eleição passada quando o senador Agripino Maia (DEM-RN) disputou com o PMDB que o derrotou - até porque podem ser formado blocos e nesse pleito o presidente é eleito separado da Mesa.
Mesmo assim foi garantido o lugar do DEM na Mesa, a 1ª Secretaria que, como sabemos, é o segundo cargo mais importante do colegiado. Naquela eleição, o DEM teve o seu direito assegurado pela proporcionalidade, pelo tamanho de sua bancada, o mesmo direito que o PT tem agora.
Adesão dissimulada a Sarney
Assim, não há nada que obrigue o PT, a não ser uma decisão soberana de suas direção e bancada, a não ter candidato.
Portanto, as declarações de deputados - e não de senadores - de partidos da base cobrando do PT apoio a Tião Viana (PT-AC) não passam de dissimulada adesão à candidatura Sarney, por parte de parlamentares que, apesar de filiados e eleitos por partidos que apóiam Lula, nunca esconderam suas ligações com os tucanos.
O pressuposto da candidatura do PT, de Tião Viana, era o apoio prometido e confirmado publicamente pelo PMDB, que deixou de existir com o "aceito" do ex-presidente Sarney. Daí para a frente, o que espero é uma disputa entre aliados, limpa, sem represálias e sem traições que só empobrecem o currículo daqueles que as praticam.
Quanto ao DEM, está fazendo o seu papel. O que espero é que o PT também cumpra o seu, já que o PSDB tanto pode apoiar Sarney - o que é mais provável, dada sua lógica antipetista - como liberar o voto de seus senadores.
Aí, não restarão mais dúvidas. E isso, independente do direito do PMDB eleger o presidente do Senado, e do caráter da candidatura de ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP), que tem todas as credenciais para presidir nossa Câmara Alta.
Para entender que esse movimento visa o PT, basta rever a eleição passada quando o senador Agripino Maia (DEM-RN) disputou com o PMDB que o derrotou - até porque podem ser formado blocos e nesse pleito o presidente é eleito separado da Mesa.
Mesmo assim foi garantido o lugar do DEM na Mesa, a 1ª Secretaria que, como sabemos, é o segundo cargo mais importante do colegiado. Naquela eleição, o DEM teve o seu direito assegurado pela proporcionalidade, pelo tamanho de sua bancada, o mesmo direito que o PT tem agora.
Adesão dissimulada a Sarney
Assim, não há nada que obrigue o PT, a não ser uma decisão soberana de suas direção e bancada, a não ter candidato.
Portanto, as declarações de deputados - e não de senadores - de partidos da base cobrando do PT apoio a Tião Viana (PT-AC) não passam de dissimulada adesão à candidatura Sarney, por parte de parlamentares que, apesar de filiados e eleitos por partidos que apóiam Lula, nunca esconderam suas ligações com os tucanos.
O pressuposto da candidatura do PT, de Tião Viana, era o apoio prometido e confirmado publicamente pelo PMDB, que deixou de existir com o "aceito" do ex-presidente Sarney. Daí para a frente, o que espero é uma disputa entre aliados, limpa, sem represálias e sem traições que só empobrecem o currículo daqueles que as praticam.
Quanto ao DEM, está fazendo o seu papel. O que espero é que o PT também cumpra o seu, já que o PSDB tanto pode apoiar Sarney - o que é mais provável, dada sua lógica antipetista - como liberar o voto de seus senadores.
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