PSDB deve formalizar apoio à candidatura de Sarney; Garibaldi diz acreditar em vitória do PMDB sem percalços
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O PSDB deve formalizar nesta quarta-feira o apoio à candidatura do senador José Sarney (PMDB-AP) para a presidência do Senado. O atual presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), dá como certa a adesão dos tucanos à candidatura do peemedebista, o que pode garantir a vitória a Sarney sobre o senador Tião Viana (PT-AC) em primeiro turno.
"Trinta e três votos num colégio de 81, é mais de um terço. São dois partidos importantes. Com o PMDB não vai ter novidades, e com o PSDB, também não", disse Garibaldi.
O peemedebista disse acreditar numa vitória de Sarney sem percalços, uma vez que Tião vem perdendo apoio inclusive de partidos da base aliada governista. "Eleição é agitada quando não tem favoritismo e isso não é o previsível", afirmou o senador.
O próprio PT reconhece, nos bastidores, que Tião não terá forças para vencer a candidatura de Sarney. Petistas, segundo reportagem da Folha, chegaram a procurar o parlamentar ontem para tentar convencê-lo a deixar a disputa. Nos cálculos da legenda, não haverá votos suficientes para uma vitória na Casa.
Garibaldi minimizou a possibilidade de o PMDB ficar no comando das duas Casa Legislativas, uma vez que o deputado Michel Temer (PMDB-SP) é cotado como favorito para vencer a corrida pela presidência da Câmara.
"Não é problema de regra, mas de sentimento. Alguns encaram com o PMDB adquirindo muito prestígio, mas isso foi conquistado nas urnas. O PMDB saberá se comportar", afirmou.
Os peemedebistas vão anunciar hoje oficialmente a candidatura de Sarney em almoço na residência oficial do Senado. As eleições para as presidências da Câmara e do Senado ocorrem na segunda-feira (2).
Terceiro mandato
Garibaldi defendeu que os novos presidentes da Câmara e do Senado se comprometam em evitar a proposta que permite terceiro mandato ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Aliados do petista estariam articulando a aprovação de PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que amplia para cinco anos o mandato do presidente da República, sem direito à reeleição --o que asseguraria a Lula pelo menos mais um ano no governo.
O presidente do Senado, porém, disse não acreditar que a tese do terceiro mandato esteja em discussão. "Não há esse sentimento e viola o princípio da alternância. Lula nunca tocou neste assunto", afirmou Garibaldi.
da Folha Online, em Brasília
O PSDB deve formalizar nesta quarta-feira o apoio à candidatura do senador José Sarney (PMDB-AP) para a presidência do Senado. O atual presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), dá como certa a adesão dos tucanos à candidatura do peemedebista, o que pode garantir a vitória a Sarney sobre o senador Tião Viana (PT-AC) em primeiro turno.
"Trinta e três votos num colégio de 81, é mais de um terço. São dois partidos importantes. Com o PMDB não vai ter novidades, e com o PSDB, também não", disse Garibaldi.
O peemedebista disse acreditar numa vitória de Sarney sem percalços, uma vez que Tião vem perdendo apoio inclusive de partidos da base aliada governista. "Eleição é agitada quando não tem favoritismo e isso não é o previsível", afirmou o senador.
O próprio PT reconhece, nos bastidores, que Tião não terá forças para vencer a candidatura de Sarney. Petistas, segundo reportagem da Folha, chegaram a procurar o parlamentar ontem para tentar convencê-lo a deixar a disputa. Nos cálculos da legenda, não haverá votos suficientes para uma vitória na Casa.
Garibaldi minimizou a possibilidade de o PMDB ficar no comando das duas Casa Legislativas, uma vez que o deputado Michel Temer (PMDB-SP) é cotado como favorito para vencer a corrida pela presidência da Câmara.
"Não é problema de regra, mas de sentimento. Alguns encaram com o PMDB adquirindo muito prestígio, mas isso foi conquistado nas urnas. O PMDB saberá se comportar", afirmou.
Os peemedebistas vão anunciar hoje oficialmente a candidatura de Sarney em almoço na residência oficial do Senado. As eleições para as presidências da Câmara e do Senado ocorrem na segunda-feira (2).
Terceiro mandato
Garibaldi defendeu que os novos presidentes da Câmara e do Senado se comprometam em evitar a proposta que permite terceiro mandato ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Aliados do petista estariam articulando a aprovação de PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que amplia para cinco anos o mandato do presidente da República, sem direito à reeleição --o que asseguraria a Lula pelo menos mais um ano no governo.
O presidente do Senado, porém, disse não acreditar que a tese do terceiro mandato esteja em discussão. "Não há esse sentimento e viola o princípio da alternância. Lula nunca tocou neste assunto", afirmou Garibaldi.
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