Blog do Zé Dirceu
Como era de se esperar, o senador José Sarney (PMDB-AP)...
Como era de se esperar, o senador José Sarney (PMDB-AP) aceitou ser candidato do partido à presidência do Senado, depois de negar, não durante semanas, mas durante meses que aceitaria o cargo.
Como um ex- presidente da República e do Senado, pertencendo a bancada majoritária do PMDB, ele praticamente tem assegurada sua indicação. Não que o PT, legitimamente - e até porque há precedentes - não possa concorrer com Sarney, mas porque falta apoio, começando pelo governo, que dá sinais claros que não quer uma disputa no Senado e que prefere o ex-presidente à disputa, até porque esse tem dado mais do que provas de fidelidade ao governo.
Portanto, o problema não é o governo, mas o PT. Tudo indica que o objetivo não é só eleger Sarney para presidente - inclusive para lhe fortalecer frente às derrotas no Maranhão - e Renan Calheiros (PMDB-AL) para líder, com o forte argumento de que sua eleição fortalece o grupo peemedebista que apoiaria em 2010 a candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Roussef, e a aliança com o presidente Lula.
PMDB quer aliança com Lula, não com o PT
Atenção: note-se que eu escrevi com Lula e não com o PT. Esse é o problema. Toda essa operação enfraquece o PT, que estará fora da presidência das duas Casas pela primeira vez desde que Lula chegou ao Palácio do Planalto. Nos últimos três anos, pela necessidade de compor uma maioria segura na Câmara e no Senado - aqui, não tem conseguido -, o governo cedeu espaços na máquina federal para os partidos da base aliada, em prejuízo da participação do PT.
Agora, às vésperas do início das negociações para 2010, o PT perde a presidência da Câmara e não elege o presidente do Senado. Fica claro que o partido tem que cuidar de si mesmo, eleger em 2010 - e sempre - uma bancada para a Câmara e para o Senado que imponha sua força e não dependa exclusivamente da força do governo.
O PT terá e deve tirar as devidas lições da disputa atual, já que, pelo acordo firmado há dois anos, não terá como deixar de apoiar o candidato deputado Michel Temer (PMDB-SP) à presidência da Câmara. E o governo agora terá que negociar e conviver com o PMDB presidindo as duas Casas, sendo que em cada uma o comando é de um grupo político distinto no partido. Vamos ver o resultado.
Como era de se esperar, o senador José Sarney (PMDB-AP)...
Como era de se esperar, o senador José Sarney (PMDB-AP) aceitou ser candidato do partido à presidência do Senado, depois de negar, não durante semanas, mas durante meses que aceitaria o cargo.
Como um ex- presidente da República e do Senado, pertencendo a bancada majoritária do PMDB, ele praticamente tem assegurada sua indicação. Não que o PT, legitimamente - e até porque há precedentes - não possa concorrer com Sarney, mas porque falta apoio, começando pelo governo, que dá sinais claros que não quer uma disputa no Senado e que prefere o ex-presidente à disputa, até porque esse tem dado mais do que provas de fidelidade ao governo.
Portanto, o problema não é o governo, mas o PT. Tudo indica que o objetivo não é só eleger Sarney para presidente - inclusive para lhe fortalecer frente às derrotas no Maranhão - e Renan Calheiros (PMDB-AL) para líder, com o forte argumento de que sua eleição fortalece o grupo peemedebista que apoiaria em 2010 a candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Roussef, e a aliança com o presidente Lula.
PMDB quer aliança com Lula, não com o PT
Atenção: note-se que eu escrevi com Lula e não com o PT. Esse é o problema. Toda essa operação enfraquece o PT, que estará fora da presidência das duas Casas pela primeira vez desde que Lula chegou ao Palácio do Planalto. Nos últimos três anos, pela necessidade de compor uma maioria segura na Câmara e no Senado - aqui, não tem conseguido -, o governo cedeu espaços na máquina federal para os partidos da base aliada, em prejuízo da participação do PT.
Agora, às vésperas do início das negociações para 2010, o PT perde a presidência da Câmara e não elege o presidente do Senado. Fica claro que o partido tem que cuidar de si mesmo, eleger em 2010 - e sempre - uma bancada para a Câmara e para o Senado que imponha sua força e não dependa exclusivamente da força do governo.
O PT terá e deve tirar as devidas lições da disputa atual, já que, pelo acordo firmado há dois anos, não terá como deixar de apoiar o candidato deputado Michel Temer (PMDB-SP) à presidência da Câmara. E o governo agora terá que negociar e conviver com o PMDB presidindo as duas Casas, sendo que em cada uma o comando é de um grupo político distinto no partido. Vamos ver o resultado.
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