Do Correio Braziliense
O senador José Sarney (PMDB-AP) teve um dia atribulado ontem. Passou horas ao telefone, em conversas com parlamentares de todas as bancadas. Procurou possíveis aliados, como o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), mas não esqueceu de políticos considerados votos de difícil conquista, como o gaúcho Pedro Simon, integrante da ala rebelde do PMDB. Sarney deu a notícia que todos imaginavam: é candidato à presidência do Senado. Terminou a maratona otimista. As contas de sua campanha apontam para um mínimo de 58 votos, bem mais que os 41 necessários para vencer a eleição em 2 de fevereiro.
A largada oficial da campanha foi na noite de segunda-feira, quando Sarney encontrou-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e avisou que, "diante das pressões da bancada do PMDB", admitia ser candidato. Na verdade, antes da reunião com o presidente, ele montou cuidadosamente as alianças em que aposta para vencer. Como não queria aparecer, deixou a negociação a cargo de uma tropa de choqueliderada por Renan Calheiros (PMDB-AL). Só depois de contabilizar os votos, entrou na campanha.
Sarney espera ter 19 dos 20 votos do PMDB. Só não tem esperanças de reverter a posição de Jarbas Vasconcelos (PE). O petista Tião Viana (AC), seu adversário na disputa, estima em sete parlamentares as defecções peemedebistas, mas Sarney está fazendo de tudo para reduzir essa margem. O primeiro passo foi negociar a desistência do atual presidente Garibaldi Alves Filho (RN), que era candidato à reeleição. Minoritário na bancada, Garibaldi foi convencido a desistir e evitar um confronto. Em troca, ganhará a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o direito de indicar um diretor para o Senado. "Não vou criar obstáculo para Sarney", admitiu ontem.
Garibaldi permanecerá oficialmente como candidato até a reunião da bancada prevista para a próxima semana numa forma de almoço na residência oficial da Presidência do Senado. No encontro, anunciará sua desistência.
Outro movimento foi em relação ao PSDB. Com13 senadores, a bancada tucana é estratégica na disputa. O partido não se definiu, mas parlamentares importantes, como Tasso Jereissati (CE), manifestaram-se a favor de Tião Viana. Sarney falou com Sérgio Guerra, enquanto Renan conversou com o líder Arthur Virgílio (AM). Além dos cargos importantes, os dois têm em comum a objeção a qualquer candidato do PT. "Vamos reunir a bancada e definir um nome que receberá todos os nossos votos", diz Guerra.
Lula - O presidente está decidido a lavar as mãos na disputa pela Presidência do Senado. Apesar de o petista ter defendido publicamente a eleição de Tião Viana em diferentes ocasiões no ano passado, a cúpula governista adotará a partir de agora uma postura que chama de "neutralidade", sob o argumento de que o senador José Sarney (PMDB-AP) seria um "político acima dos partidos", na definição do próprio presidente. A posição do Palácio do Planalto beneficia Sarney. Nas contas dos articuladores políticos do governo, o peemedebista tem votos suficientes para "atropelarTião Viana" no plenário. Para vencer, o petista precisa do governo.
O senador José Sarney (PMDB-AP) teve um dia atribulado ontem. Passou horas ao telefone, em conversas com parlamentares de todas as bancadas. Procurou possíveis aliados, como o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), mas não esqueceu de políticos considerados votos de difícil conquista, como o gaúcho Pedro Simon, integrante da ala rebelde do PMDB. Sarney deu a notícia que todos imaginavam: é candidato à presidência do Senado. Terminou a maratona otimista. As contas de sua campanha apontam para um mínimo de 58 votos, bem mais que os 41 necessários para vencer a eleição em 2 de fevereiro.
A largada oficial da campanha foi na noite de segunda-feira, quando Sarney encontrou-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e avisou que, "diante das pressões da bancada do PMDB", admitia ser candidato. Na verdade, antes da reunião com o presidente, ele montou cuidadosamente as alianças em que aposta para vencer. Como não queria aparecer, deixou a negociação a cargo de uma tropa de choqueliderada por Renan Calheiros (PMDB-AL). Só depois de contabilizar os votos, entrou na campanha.
Sarney espera ter 19 dos 20 votos do PMDB. Só não tem esperanças de reverter a posição de Jarbas Vasconcelos (PE). O petista Tião Viana (AC), seu adversário na disputa, estima em sete parlamentares as defecções peemedebistas, mas Sarney está fazendo de tudo para reduzir essa margem. O primeiro passo foi negociar a desistência do atual presidente Garibaldi Alves Filho (RN), que era candidato à reeleição. Minoritário na bancada, Garibaldi foi convencido a desistir e evitar um confronto. Em troca, ganhará a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o direito de indicar um diretor para o Senado. "Não vou criar obstáculo para Sarney", admitiu ontem.
Garibaldi permanecerá oficialmente como candidato até a reunião da bancada prevista para a próxima semana numa forma de almoço na residência oficial da Presidência do Senado. No encontro, anunciará sua desistência.
Outro movimento foi em relação ao PSDB. Com13 senadores, a bancada tucana é estratégica na disputa. O partido não se definiu, mas parlamentares importantes, como Tasso Jereissati (CE), manifestaram-se a favor de Tião Viana. Sarney falou com Sérgio Guerra, enquanto Renan conversou com o líder Arthur Virgílio (AM). Além dos cargos importantes, os dois têm em comum a objeção a qualquer candidato do PT. "Vamos reunir a bancada e definir um nome que receberá todos os nossos votos", diz Guerra.
Lula - O presidente está decidido a lavar as mãos na disputa pela Presidência do Senado. Apesar de o petista ter defendido publicamente a eleição de Tião Viana em diferentes ocasiões no ano passado, a cúpula governista adotará a partir de agora uma postura que chama de "neutralidade", sob o argumento de que o senador José Sarney (PMDB-AP) seria um "político acima dos partidos", na definição do próprio presidente. A posição do Palácio do Planalto beneficia Sarney. Nas contas dos articuladores políticos do governo, o peemedebista tem votos suficientes para "atropelarTião Viana" no plenário. Para vencer, o petista precisa do governo.
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