Noblat
José Sarney (PMDB-AP) ainda continua como o favorito para se eleger na próxima segunda-feira presidente do Senado pela terceira vez. Mas a quase morta candidatura a presidente de Tião Viana (PT-AC) ganhou um forte sopro de vida com o anúncio, feito ontem à noite por Arthur Virgílio (AM) de que o PSDB decidiu apoiá-la.
- Não pedimos nada em troca, nada. A não ser a renovação do compromisso que Tião assumiu conosco de promover uma limpeza no Senado - disse Virgílio a este blog.
Segundo ele, foi a disposição de Tião para mudar hábitos, costumes e o funcionamento do Senado o motivo principal da adesão do PSDB à sua candidatura. Mas Virgílio citou pelo menos mais dois:
- O entorno do senador José Sarney está pesado demais para o gosto do PSDB - Renan Calheiros, Fernando Collor, esse pessoal. E nos desagradou a pesada disputa por cargos de direção no Senado e presidências de comissões.
Virgílio deixou de citar um quarto motivo, admitido por senadores do PSDB em conversas reservadas: do modo como correu até aqui a campanha dos dois candidatos, Sarney ficou carimbado como candidato chapa-branca, o queridinho do governo. Tião foi abandonado pelo governo e contou com pouco apoio do PT.
O amadorismo do PSDB não vai ao ponto de imaginar que Tião, uma vez eleito, mude de lado. Ou faça tudo para contrariar o governo. Nem remotamente, por suposto. Mas caso ele vença, exercerá as funções do cargo com mais independência do que Sarney, acredita o PSDB.
De Garibaldi Alves (PMDB-RN), atual presidente do Senado, a oposição esperava um comportamento de forte alinhamento com o governo quando ele foi eleito. Garibaldi surpreendeu-a. Fez menos concessões ao governo do que a oposição imaginou. E falou grosso contra o abuso da edição de Medidas Provisórias.
Para Lula, Garibaldi foi uma decepção.
Agora, o desafio do comando do PSDB é repetir a performance registrada por ocasião da derrota da CPMF no Senado em dezembro de 2007. A bancada de 13 senadores estava dividida. Parte queria aprovar a prorrogação da cobrança da CPMF, parte não. A bancada acabou votando unida contra a prorrogação.
O voto que elegerá o novo presidente do Senado é secreto. Nada impede que um senador prometa seu voto a um candidato e o confira a outro.
Haverá traições a favor e contra Sarney e Tião. O menos traído será o eleito.
José Sarney (PMDB-AP) ainda continua como o favorito para se eleger na próxima segunda-feira presidente do Senado pela terceira vez. Mas a quase morta candidatura a presidente de Tião Viana (PT-AC) ganhou um forte sopro de vida com o anúncio, feito ontem à noite por Arthur Virgílio (AM) de que o PSDB decidiu apoiá-la.
- Não pedimos nada em troca, nada. A não ser a renovação do compromisso que Tião assumiu conosco de promover uma limpeza no Senado - disse Virgílio a este blog.
Segundo ele, foi a disposição de Tião para mudar hábitos, costumes e o funcionamento do Senado o motivo principal da adesão do PSDB à sua candidatura. Mas Virgílio citou pelo menos mais dois:
- O entorno do senador José Sarney está pesado demais para o gosto do PSDB - Renan Calheiros, Fernando Collor, esse pessoal. E nos desagradou a pesada disputa por cargos de direção no Senado e presidências de comissões.
Virgílio deixou de citar um quarto motivo, admitido por senadores do PSDB em conversas reservadas: do modo como correu até aqui a campanha dos dois candidatos, Sarney ficou carimbado como candidato chapa-branca, o queridinho do governo. Tião foi abandonado pelo governo e contou com pouco apoio do PT.
O amadorismo do PSDB não vai ao ponto de imaginar que Tião, uma vez eleito, mude de lado. Ou faça tudo para contrariar o governo. Nem remotamente, por suposto. Mas caso ele vença, exercerá as funções do cargo com mais independência do que Sarney, acredita o PSDB.
De Garibaldi Alves (PMDB-RN), atual presidente do Senado, a oposição esperava um comportamento de forte alinhamento com o governo quando ele foi eleito. Garibaldi surpreendeu-a. Fez menos concessões ao governo do que a oposição imaginou. E falou grosso contra o abuso da edição de Medidas Provisórias.
Para Lula, Garibaldi foi uma decepção.
Agora, o desafio do comando do PSDB é repetir a performance registrada por ocasião da derrota da CPMF no Senado em dezembro de 2007. A bancada de 13 senadores estava dividida. Parte queria aprovar a prorrogação da cobrança da CPMF, parte não. A bancada acabou votando unida contra a prorrogação.
O voto que elegerá o novo presidente do Senado é secreto. Nada impede que um senador prometa seu voto a um candidato e o confira a outro.
Haverá traições a favor e contra Sarney e Tião. O menos traído será o eleito.
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