GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Líderes partidários que se revezaram nesta segunda-feira na tribuna do Senado fizeram sucessivos discursos em defesa do senador Tião Viana (PT-AC), que disputa com o senador José Sarney (PMDB-AP) o comando da Casa. Aliados do peemedebista ouviram calados as críticas ao candidato. Nenhum senador do PMDB ocupou a tribuna para defendê-lo, tarefa que coube ao líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN).
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) chegou a ironizar a ausência do grupo pró-Sarney nos discursos da Casa. "Pelo que vejo, só os [senadores] a favor de Viana estão falando. Eu acredito que todos os líderes vão querer ter a honra de defender o senador Sarney como candidato desta Casa", disse Cristovam.
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), foi o único peemedebista a sair numa rápida defesa de Sarney. "O senador Sarney se deu ao luxo de ser defendido até pelos adversários", respondeu o peemedebista a Cristovam. "Defendido na pessoa dele, não em sua candidatura", retrucou o pedetista.
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que integra o partido de Sarney, fez discurso de defesa de Tião --a quem declarou publicamente apoio no final do ano passado.
"Posteriormente, Tião me informou que tinha procurado Sarney e o senador tinha dito a ele que não seria candidato, o que lhe credencia ainda mais para ser presidente desta Casa. O senador Tião vai presidir esta Casa sem ser subserviente ao Planalto nem tampouco aliado da oposição. Vai presidir com a mesma determinação e coragem como fez no início desta legislatura", disse Jarbas.
Defesa
Em uma rápida defesa de Sarney, Agripino disse que a bancada do DEM optou pela candidatura do peemedebista porque não pode aliar-se a um partido com quem pretende disputar a presidência da República em 2010. Apesar de afirmar ter "grande respeito" por Tião, um "homem afável", Agripino considerou perigoso o PT ficar com o mando do Executivo e do Legislativo.
Garibaldi usou parte do seu discurso de despedida para defender Sarney. O presidente da Casa disse que tem ligações pessoais com o colega de partido --embora também tenha elogiado a conduta de Tião.
"Vou votar no senador José Sarney dentro do que decidiu a minha bancada e do apreço que tenho pela figura dele. Há inclusive que esse apreço vem da minha família. Estabeleceu-se uma ligação com o senador José Sarney, mas tenho pelo senador Tião o melhor apreço e sei que Sua Excelência também está preparado para presidir o Senado, só que nós temos que optar", disse Garibaldi.
O senador foi o único peemedebista a sair numa rápida defesa de Sarney, embora tenha abdicado da sua candidatura à reeleição em prol de Sarney.
da Folha Online, em Brasília
Líderes partidários que se revezaram nesta segunda-feira na tribuna do Senado fizeram sucessivos discursos em defesa do senador Tião Viana (PT-AC), que disputa com o senador José Sarney (PMDB-AP) o comando da Casa. Aliados do peemedebista ouviram calados as críticas ao candidato. Nenhum senador do PMDB ocupou a tribuna para defendê-lo, tarefa que coube ao líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN).
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) chegou a ironizar a ausência do grupo pró-Sarney nos discursos da Casa. "Pelo que vejo, só os [senadores] a favor de Viana estão falando. Eu acredito que todos os líderes vão querer ter a honra de defender o senador Sarney como candidato desta Casa", disse Cristovam.
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), foi o único peemedebista a sair numa rápida defesa de Sarney. "O senador Sarney se deu ao luxo de ser defendido até pelos adversários", respondeu o peemedebista a Cristovam. "Defendido na pessoa dele, não em sua candidatura", retrucou o pedetista.
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que integra o partido de Sarney, fez discurso de defesa de Tião --a quem declarou publicamente apoio no final do ano passado.
"Posteriormente, Tião me informou que tinha procurado Sarney e o senador tinha dito a ele que não seria candidato, o que lhe credencia ainda mais para ser presidente desta Casa. O senador Tião vai presidir esta Casa sem ser subserviente ao Planalto nem tampouco aliado da oposição. Vai presidir com a mesma determinação e coragem como fez no início desta legislatura", disse Jarbas.
Defesa
Em uma rápida defesa de Sarney, Agripino disse que a bancada do DEM optou pela candidatura do peemedebista porque não pode aliar-se a um partido com quem pretende disputar a presidência da República em 2010. Apesar de afirmar ter "grande respeito" por Tião, um "homem afável", Agripino considerou perigoso o PT ficar com o mando do Executivo e do Legislativo.
Garibaldi usou parte do seu discurso de despedida para defender Sarney. O presidente da Casa disse que tem ligações pessoais com o colega de partido --embora também tenha elogiado a conduta de Tião.
"Vou votar no senador José Sarney dentro do que decidiu a minha bancada e do apreço que tenho pela figura dele. Há inclusive que esse apreço vem da minha família. Estabeleceu-se uma ligação com o senador José Sarney, mas tenho pelo senador Tião o melhor apreço e sei que Sua Excelência também está preparado para presidir o Senado, só que nós temos que optar", disse Garibaldi.
O senador foi o único peemedebista a sair numa rápida defesa de Sarney, embora tenha abdicado da sua candidatura à reeleição em prol de Sarney.
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