Noblat
José Sarney (PMDB-AP) acaba de ser eleito pela terceira vez presidente do Senado. Obteve 49 votos contra 32 conferidos a Tião Viana (AC), candidato do PT.
Em 1995, quando se elegeu pela primeira vez, Sarney derrotou Lauro Campos (PT-DF) por 61 votos contra sete. Em 2003, sem adversário, foi eleito com os votos de 76 dos 79 senadores presentes à sessão.
- Sou candidato porque minha experiência poderá ajudar o país a enfrentar a crise mundial - justificou Sarney na semana passada.
Ele foi candidato, antes de tudo, porque seu grupo político passa por um aperto brabo no Maranhão. Roseana, a filha dele, perdeu o governo em 2006 para o atual governador Jackson Lago (PDT).
A Polícia Federal investiga os negócios de Fernando, o filho-empresário de Sarney. Por sinal, O novo presidente do Senado anda furioso com o ministro Tarso Genro, da Justiça, a quem a Polícia Federal se diz subordinada.
Prestes a se operar de um aneurisma cerebral, Roseana foi quem mais estimulou o pai a sair candidato a presidente do Senado. Ele acabou cedendo às pressões da filha, do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e da maioria dos seus colegas de partido.
Imaginou que Tião desistiria de ser candidato para escapar de uma surra humilhante. Com a adesão do PSDB a Tião, temeu ser derrotado.
Se ouvirem que o Senado saiu dividido da eleição e que Sarney enfrentará forte resistência para comandá-lo, não acreditem.
Primeiro porque Sarney é suficientemente hábil para se recompor com os que lhe negaram o voto. Segundo porque o Senado é um clube, como certa vez disse o então senador Darcy Ribeiro (PDT-RJ)
Um clube luxuoso, que provê as necessidades dos associados e onde todos são ou acabam se tornando amigos. Foi por isso que Renan escapou duas vezes de ser cassado sob a acusação de ter usado dinheiro de um lobista de empreiteira para pagar despesas de uma ex-amante.
Para se eleger, Tião acenou com mudanças radicais no funcionamento do Senado. Dificilmente teria força política para promovê-las.
Sarney esquivou-se de acenar com mudanças. Poucos são os senadores de fato interessados em mudar qualquer coisa ali dentro.
Mesmo tendo perdido a eleição, o PT não criará problemas para Lula - era só o que faltava! O PT é o partido do presidente - embora, de há muito, Lula tenha deixado de ser o presidente do PT.
Em troca da derrota, o PMDB tentaria arrancar mais alguns cargos no governo.
Como ganhou, tentará do mesmo jeito.
Em 1995, quando se elegeu pela primeira vez, Sarney derrotou Lauro Campos (PT-DF) por 61 votos contra sete. Em 2003, sem adversário, foi eleito com os votos de 76 dos 79 senadores presentes à sessão.
- Sou candidato porque minha experiência poderá ajudar o país a enfrentar a crise mundial - justificou Sarney na semana passada.
Ele foi candidato, antes de tudo, porque seu grupo político passa por um aperto brabo no Maranhão. Roseana, a filha dele, perdeu o governo em 2006 para o atual governador Jackson Lago (PDT).
A Polícia Federal investiga os negócios de Fernando, o filho-empresário de Sarney. Por sinal, O novo presidente do Senado anda furioso com o ministro Tarso Genro, da Justiça, a quem a Polícia Federal se diz subordinada.
Prestes a se operar de um aneurisma cerebral, Roseana foi quem mais estimulou o pai a sair candidato a presidente do Senado. Ele acabou cedendo às pressões da filha, do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e da maioria dos seus colegas de partido.
Imaginou que Tião desistiria de ser candidato para escapar de uma surra humilhante. Com a adesão do PSDB a Tião, temeu ser derrotado.
Se ouvirem que o Senado saiu dividido da eleição e que Sarney enfrentará forte resistência para comandá-lo, não acreditem.
Primeiro porque Sarney é suficientemente hábil para se recompor com os que lhe negaram o voto. Segundo porque o Senado é um clube, como certa vez disse o então senador Darcy Ribeiro (PDT-RJ)
Um clube luxuoso, que provê as necessidades dos associados e onde todos são ou acabam se tornando amigos. Foi por isso que Renan escapou duas vezes de ser cassado sob a acusação de ter usado dinheiro de um lobista de empreiteira para pagar despesas de uma ex-amante.
Para se eleger, Tião acenou com mudanças radicais no funcionamento do Senado. Dificilmente teria força política para promovê-las.
Sarney esquivou-se de acenar com mudanças. Poucos são os senadores de fato interessados em mudar qualquer coisa ali dentro.
Mesmo tendo perdido a eleição, o PT não criará problemas para Lula - era só o que faltava! O PT é o partido do presidente - embora, de há muito, Lula tenha deixado de ser o presidente do PT.
Em troca da derrota, o PMDB tentaria arrancar mais alguns cargos no governo.
Como ganhou, tentará do mesmo jeito.
Comentários